Para a religião africana tudo o que a natureza produz é sangue, é o Axé. Utiliza-se vários tipos de sangue para formar o Axé, visando ampliar, acumular e distribuir o mesmo, que é essencial para existência humana. Divide-se em três categorias que são: vermelho, o preto e o branco. Sangue vermelho é encontrado no fluxo menstrual, no sangue humano e animal. No reino vegetal, o azeite-de-dendê e o mel extraído das flores são os melhores exemplos. Já no reino mineral encontra-se presente nos metais como cobre e o bronze. Este sangue está relacionado ao fogo, movimento, coisas quentes, razão pela qual os orixás que exigem uma quantidade maior desses elementos dominam exatamente esses aspectos da natureza, como Exu, Xangô e Iansã.
O sangue preto no reino mineral é encontrado no carvão e no ferro. A cor verde e azul são variações da cor preta, por isso suas fontes são encontradas nas folhas e cascas de árvores. No reino animal, o sangue preto é encontrado principalmente nas cinzas dos animais. A associação do preto é com a terra e esta força da natureza responde entre outros os orixás Ogum, Oxossi, Ossain e Obaluaê.
O sangue branco é encontrado no sêmen, saliva, hálito, secreções e no plasma. Isto no reino animal, como o caracol por exemplo. No lado vegetal o sumo das plantas leitosas e bebidas alcoólicas extraídas de palmeiras e outros vegetais. Na parte mineral há a prata, chumbo e o sal, sem esquecer que nessa cor tem a água e o ar.
O sangue é de importância vital por estar ligada a fertilidade, concepção, ao nascimento, enfim todos os ciclos da vida. Ninguém vive sem sangue, e sem ele não há vida. Segundo a Umbanda, existem cinco tipos de sangue na natureza. O sangue verde (o sumo das folhas), sangue amarelo (o sal, o néctar das frutas e a seiva das árvores – dos troncos), sangue branco (a água), sangue negro (o petróleo, o magma) e o vermelho (Urucum). Assim, o nosso planeta não pode viver sem sangue.
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