domingo, 28 de fevereiro de 2010

PERFIL DA BRUXA

PERFIL DA BRUXA
Desconheço a autoria
http://thaa2.files.wordpress.com/2009/07/rafaelitas-3.jpg
É difícil reconhecer uma bruxa somente pelo físico.
Algumas pessoas fazem questão de mostrar que são "bruxas":
aquelas que se vestem constantemente de preto,
utilizam uma corrente com pentáculo ou algum pingente de pedra,
outras tem cabelos compridos repartidos ao meio e unhas compridas,
às vezes pintadas de preto.
Mas nem sempre elas são o que dizem ser,
muitas vezes até porque não sabem como ser.
Ser bruxa não é utilizar um feitiço
quando as nossas possibilidades para resolver um problema estão esgotadas.
Não é também conhecendo os nomes das ervas e decorando as jogadas de tarô que nos tornamos bruxas.

Ser bruxa não é ainda manipular o mundo através de poderes sobre-humanos.
A autêntica bruxa mora no interior da pessoa.
E aquela mulher que aparenta ser o que é de verdade,
estando satisfeita com o que é e não se preocupando com a opinião alheia em demasiado.
A bruxa sempre traz em qualquer ambiente, um clima de força e alto astral.
Elas estão por todas as partes, destacando-se pela sua sensibilidade, beleza indescritível e energia contagiante.
Para a maioria das bruxas, o senso de humor é indispensável.
É sempre importante estar de bem com a vida, semeando força e alegria.
No instante em que nos tornamos bruxas, nos tornamos muito mais sensíveis, pois começamos a prestar atenção nas coisas que até então passaram despercebidas.
Quando uma bruxa entra numa floresta, por exemplo, sente toda a intensidade das vibrações das árvores e plantas, se emociona com o delicado desabrochar das flores, se deleita com o barulho das águas, se encanta com o canto e o movimento de qualquer pássaro ou animal.
A bruxa assume sempre o seu papel como mensageira e guardiã da Grande Mãe.
Ela não se gaba com uma criatura que possui poderes sobrenaturais, capaz de conseguir tudo num estalar de dedos.
A bruxa possui a consciência de que é alguém como qualquer outro,
assumindo a sua condição com simplicidade e naturalidade.


PAX DEORUM


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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Os Elementais




Forças das substância-vida dos planos de existência do universo. Esses seres elementais são gerados dos elementos da Natureza: terra, água, fogo, ar e éter, mas quanto mais próximos dos mundos abstratos, de modo mais límpido refletem o que lhes é imanente.

Deus, por interferência amorosa de Seres de Luz que trabalham de forma a unificar os universos em nome do Amor Divino, concedeu a três Reinos, paralelamente, a oportunidade de evolução. Estes três Reinos são: Elemental, Angélico e Humano.
Elementais são os dinamizadores das energias das formas na Natureza.
O Reino elemental aprende a controlar a energia através do pensamento, mantendo um determinado padrão ou molde/matriz.

Os elementais evoluem desde os seres microscópios a Construtores das formas. Eles exteriorizam toda forma, incluindo os corpos humanos, montanhas, rios, etc.; eventualmente alcançam o estado de um poderoso Elohim ou uma Veladora Silenciosa.

Os seres dos Elementos foram criados para servir à humanidade, através de seu próprio trabalho específico. É pelo esforço e pelo uso de sua vida que esses seres nos suprem com as vestes de carne que usamos, com a água que bebemos, com o alimento tão abundantemente fornecido; com o ar que respiramos e com todas as coisas de que necessitamos para sustentar-nos na Terra. O Plano Divino de Vida providencia para que o homem seja servido com AMOR e, em troca, retorne AMOR, GRATIDÃO e BÊNÇÃOS aos Seres Elementais.

São os pensamentos e sentimentos ruinosos da própria humanidade os causadores de todas as expressões destruidoras apresentadas por esses elementais em forma de furacões, vendavais, ressacas, terremotos. Todas as avalanches da Natureza são, meramente, uma tentativa dos seres elementais de projetar PARA FORA, a impureza e discórdia que o homem tem imposto ou depositado sobre eles-esses abnegados seres que vos vem servindo por milhões de séculos.
A matéria usada, que é depositada dentro da terra e das águas, a energia impura que se espalha no ar, causam uma pressão de criações humanas, não somente no próprio homem, como também no Reino Elemental.

Em geral esses entes são desfeitos ao concluírem sua tarefa, mas alguns subsistem até que, por não estarem vivifivados pelo impulso que os criou, se "dissolvam" em sua substância de origem. Há seres elementais constituídos artificialmente pelo homem (encarnado ou não), ou por outras entidades autoconscientes, por meio da força do pensamento ou do desejo. Chegam a atuar no plano físico-etérico, às vezes interferindo positiva ou negativamente no trabalho dos devas. Essas criações do psiquismo humano serão dissolvidas pela lei da purificação e, no próximo ciclo planetário, os membros desta humanidade, por estarem em contacto com a própria mônada, poderão colaborar de modo mais efetivo com o Plano Evolutivo. A maior parte dos seres elementais com que o homem se relacionou até hoje foram os da terra e os da água. Estes respondem a estímulos do plano astral, ao passo que os do ar e do fogo tem maior sintonia com a energia elétrica mental. Como os seres elementais são corporificações da substâncias dos mundos das formas, estão sujeitos a impulsos involutivos, devido às forças caóticas profundamente infiltradas nos planos materiais na presente fase da Terra. Sua participação em trabalhos de magia engendrados pelo homem evidencia esse fato. A elevação da consciência humana dissipará as ilusões que em grande parte tem caracterizado o seu contacto com os elementais. Assim, o relacionamento com esses seres, ainda misteriosos para a maioria, advirá do conhecimento espiritual e perderá a conotação fantasiosa e em certos casos utilitarista que lhe foi atribuída. As leis que ordenam as combinações de átomos e moléculas são reflexos das que regem as inter-relações das forças elementais. Uma das implicações negativas das experiências com energia atômica empreendidas pela ciência moderna é o desequilíbrio do reino elemental, base da manifestação deste universo planetário. Todavia, em geral, os que insistem nessas ações destruidoras consideram a vida dinâmica e pulsante do reino elemental produto da imaginação. O contacto consciente da humanidade futura com os elementais deve dar-se por intermédio do reino dévico, e não diretamente.

A história nos conta sobre esses seres, desde a mais remota antiguidade. E, os antepassados de toda a humanidade legaram inúmeros relatos a respeito dos mesmos.
No início, nos primórdios da humanidade, os seres da natureza, encarregados de cada elemento, cuidaram para que tudo fosse feito com exatidão e ordem:

a)- ATerra ainda numa massa de gases de matéria incandescente radioativa, coube aos elementais do fogo executarem seu trabalho;

b)- Na época dos grandes ventos, os elementais do ar, zelaram pela evolução desses gases de modo a tornar o ambiente apto a receber formas de vida:

c)- Quando esses gases se precipitaram sobre a água, os elementais da água modificaram o aspecto denso desse líquido;

d)- Então, iniciou-se a solidificação, surgindo aos poucos os continentes que foram fertilizados pelos elementais da terra.

Como vemos, a criação representa um todo inseparável, formando uma corrente cujos elos não podem ser rompidos, se não quisermos provocar uma catástrofe de caráter irremediável.

A hierarquia cósmica é similar à hierarquia atômica. Os seres cósmicos de luz se manifestam pela primeira vez na Ordem dos Elohim, na forma de elementais do fogo, do ar, da água, e da terra. São eles :

Do fogo, as Salamandras que guardam os mistérios e segredos do elemento fogo, que correspondem ao plano ou corpo etérico. Precisamente a que ponto o fogo físico, indefinido e difícil de controlar, se transforma em fogo sagrado do plano etérico, é ensinado pelo espirito santo de Deus, observado pelo coração sagrado dos santos, levemente tocado por cientistas nucleares, mas firmemente seguro nas mãos das Salamandras.

Do ar, as Sílfides que servem o domínio dos céus, da purificação do ar, e do sistema de pressão do ar. Isto tudo é percebido nas mudanças alquímicas do tempo e ciclos de fotossíntese e precipitação. Estes elementais do ar, são mestres, que expandem e contraem seus corpos de ar de níveis microcósmicos a macrocósmicos, sempre mantendo a chama para o reino da mente, que corresponde ao plano ou corpo do ar.

Da água, as Ondinas que fazem um trabalho sério com os oceanos, rios, lagos e pingos de chuva, que fazem sua parte na reformação do corpo físico da terra e do ser humano. As Ondinas governam os ciclos da fertilidade e do elemento ou corpo da água.

Da terra, os Gnomos que servem no plano físico, bem atrás do véu ou espectro da visão comum, sendo possível vê-los de relance, e pensar que tem certeza de ter visto algo. Os Gnomos governam e preservam o corpo da terra ou físico, mantêm o equilíbrio das forças naturais do planeta e vêem que todas as necessidades diárias de todos os seres vivos sejam atendidas. É o Gnomo que faz com que um animal que está com sede no deserto caminhe em direção à água que procura; mesmo que morra na busca, o animal sempre está na direção certa. O animal que esta com sede só pensa na água. "Eu quero água, eu quero água, eu quero água, eu quero água,....." ele não questiona se está em um deserto ou não, sendo assim levado pelo gnomo para a água. O homem é que questiona tanto que acaba por ir na direção oposta, levado por seres sem luz que vem para sugar toda a sua energia.

Após a educação e vivência, como elementais do fogo, do ar, da água e da terra, os seres de luz, assim como os seres atômicos, tem uma evolução natural de sua consciência, evoluem para seres angelicais, onde poderão continuar seu crescimento na hierarquia cósmica.



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LITHA NO HEMISFÉRIO SUL

LITHA NO HEMISFÉRIO SUL


O Solstício de Verão constitui uma das festas mais antigas, emanada das celebrações pagãs. A jornada marca o máximo poder do deus solar, o dia mais longo do ano antes de seu declínio e "morte" no solstício do inverno.

Outros nomes usados para este tempo na Roda do Ano (HN) são: Alban Heruin (calendário Druida); Alban Hefin (Tradição Anglo-saxão); Bênção do sol, Dia de Acópio (Gales); Whit Sunday, Whitsuntilde, Vestália (Antiga Roma); A Festa de Epona (antiga Gália); Dia de todos os Casais (Grécia) e dia de São João. Na tradição Italiana de Aradian Strega este Sabbath (as bruxas Strega as chamam de Treguendas no lugar de Sabbaths) é conhecida como a Festa dell'Estate (festa de verão). Os escandinavos celebram esta festa em uma data posterior e a chamam Thing-Tide. Na Inglaterra este é o dia de Cerridwenn e seu caldeirão. Na Irlanda, este dia está dedicado a Deusa-Ninfa Aine de Knockeine. E finalmente, no norte da Europa se celebra o "Dia do Homem Verde".

Nesse Sabbath, nós wiccanos consideramos a Deusa grávida por ter co-habitado com o Deus em Beltane. O deus sol é celebrado porque está em sua zênite no céu e celebramos a aproximação da paternidade. O ritmo eterno do sol é o mesmo da vida humana, e o mesmo que mês a mês repete a lua.Esta data é especial para ritos de passagem, portanto, devemos celebrar as futuras mamães e os bebês que virão.

De acordo com o calendário pagão, o verão começa em Beltane e termina em Lammas/Lughnasadh. Esse é o apogeu do tema que desde Imbolc vem se preparando: o fim da escuridão, da esterilidade e o começo de uma época mais fértil, onde tudo se renova, ao calor do amor e da paixão dos Deuses. O nome Litha é relativamente moderno e provavelmente é derivado da palavra saxona que significa "o oposto de Yule".

Os símbolos mais importantes deste Sabbath são a ESPADA (símbolo do Deus Sol) e o caldeirão (símbolo da Deusa em sua plenitude).

A noite do solstício de verão, aqui no Hemisfério Sul, é um dos momentos mais místicos do ano, quando no ar pairam todo gênero de magia e encantamentos. As ninfas correm pelos campos e por onde passam surgem flores. Gnomos, elfos e todos os tipos de fadas e elfos andam soltos por toda a parte e por isso, é um excelente momento para praticarmos magia feérica. Os duendes Puck e Pan (para nós o curupira e o caapora) gostam de dar sustos e fazer brincadeiras com os incautos que se atreverem a aventurar-se por lugares solitários e silvestres nessa noite encantada.

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Um dos elfos muito conhecido que faz uma mágica aparição nesta época é Santa Claus. Ele é um elfo encantador, com seu trenó cheio de presentes e suas renas mágicas que voam pelos ares. Todos seus ajudantes também são elfos e seus pais eram seres feéricos.

Os dias e noites do solstício de verão estão repletos de grande poder e magia. São tempos para realizar rituais que vicejam prodigamente na estação, quando a vida é mais fácil e há tantas horas de luz diurna que podemos realizar todas as nossas tarefas com tempo de sobra para repousar e divertirmos. É uma época de férias e de grandes festivais ao ar livre, para dormir, cozinhar e comer a céu aberto. É uma época que nos faz recordar nossa infância, cheia de brincadeiras, uma época para buscarmos nossa criança interior e nos esquecermos de nossos aborrecimentos cotidianos.

MOMENTOS DURANTE O DIA

Esse Sabbath atua como um portal feérico e portanto, há momentos específicos do dia para ser realizado. Dentro da sombra e a luz existe uma interação que se filtra a todos os aspectos da vida. No filme "Lady Falcão", o mago malvado fazia que, durante o dia, o homem aparecia como ele mesmo, porém a dama aparecia como ave, e somente à noite, a dama era ela mesma e o homem tornava-se lobo. No tempo real, suas imagens humanas jamais se encontravam, exceto naqueles breves momentos em que não havia escuridão nem luz: ao amanhecer e ao entardecer. Esses são, portanto, os momentos mais propícios para ver com mais facilidade os seres feéricos e comunicar-te com eles.

Ainda, se para esse ritual desejas coisas físicas, materiais, deves realizar teu ritual dirigido ao deus Sol, justamente na hora da saída do astro rei, ou ao entardecer, justo quando se põe. Porém, se desejas satisfazer assuntos emocionais ou espirituais, então deves te dirigir a Deusa Lunar. Podes fazê-lo antes que o Sol saia ou depois que se oculte.

TEMPO DE PURIFICAÇÃO

Tradicionalmente esse é o momento de purificação, por isso acendemos fogueiras para saltar sobre elas ou sobre o caldeirão para lograrmos proteção, fertilidade, saúde, etc. Outro costume é queimarmos símbolos com os quais desejamos nos purificar.

Saudemos então ao Deus Luminoso em seu dia de glória e devemos pedir que com seu poder purifique nosso ser e para ainda que nos seja possível compreender que tudo que nasce também deve morrer. E assim como deve morrer, há de renascer.

AUTO-LIMPEZA

É importante a auto-limpeza antes de ser realizado esse ritual. Os procedimentos podem consistir em um banho com sal ou ervas, ungir o corpo com óleos, praticar meditação profunda, etc. Eu prefiro um banho de imersão em ervas de alecrim. Outra técnica muito efetiva é deixar a fumaça de um incenso de sálvia passar por todo o corpo, tentando visualizar sempre as energias negativas se desprendendo e indo embora.

É importante frisar que, a purificação não é para retirar demônios de nosso corpo, mas sim para extrair energias negativas que absorvemos de pessoas ou lugares que mantivemos contato.



LIMPEZA DO ESPAÇO RITUAL

Esse procedimento também é de extrema importância, pois os lugares acumulam bolsas de negatividade e estas energias podem ser muito perturbadoras para o nosso ritual. Inicie a limpeza com uma vassoura física e depois purifique o local com sua vassoura mágica de bruxa. Não há necessidade de sua vassoura mágica tocar o solo, no entanto, deves visualizar as energias negativas ou qualquer outro tipo de desordem sejam varridos e limpos pela vassoura.

Outra forma de limpeza é espalhar tão somente sal ou misturado com tomilho ou sálvia. Também pode ser usado água salgada para lavar o chão. Também podes simplesmente queimar uma erva com qualidades purificadoras como por exemplo: mirra, sálvia, tomilho ou erva doce.


PREPARAÇÃO DO RITUAL

Esse ritual deve ser preferencialmente realizado em um espaço aberto, num grande jardim, num parque, numa fazenda ou num bosque, que tenha água próximo (fonte, lago, rio). Prepare antes coroas de flores para ornamentar a tua cabeça e a de teus acompanhantes e use ramos de artemísia ou flores de girassol para fazer o círculo (sempre em número ímpar).

Prepare uma jarra com água e limão ou hidromel para o ritual. Podes acrescentar rodelas de limão ou folhas de menta ao suco. Faça sempre com antecedência uma lista de todo material que precisará, pois depois de traçado o círculo esse não pode ser quebrado.

Antes do rito, prepare um tipo de saquinho com uma gase (pode somente enrolar) onde colocarás ervas como: lavanda, camomila, erva-de-são-joão ou vebena. Enquanto introduz as ervas, despeje mentalmente todos os seus problemas, dores, angústias e doenças enquanto o constrói. Depois ate-o com uma fita vermelha e deixe-o sobre o altar.

O caldeirão deve estar próximo ao altar, de preferência na posição sul, e em uma localização que nos permita pularmos sobre ele.

Podemos acrescentar um segundo caldeirão que deve conter água até sua metade, já que com a chegada do verão também chegam as chuvas. Mas esse é optativo!

ALTAR

Quando for montar seu altar, ele deve firmar-se geograficamente no centro de quatro direções: norte/sul, leste/oeste. As tradições variam quanto aos elementos ou símbolos que devem ser usados para representá-las. A título de exemplo, o no meu altar instalei a terra ao norte, o fogo ao sul, o ar no leste e água no oeste. Isso, porque, minha casa fica exatamente na posição oeste do rio Guaíba.

O mais importante é que os quatro elementos estejam representados em seu altar. Um modo de representá-los é: com uma pedra para a terra, uma vela para o fogo, incenso para o ar e um cálice de água (elemento água). O pentagrama ou pentáculo deve ser colocado no centro, sempre com a ponta posicionada para cima, apontando o norte. Acima dele coloque o porta incenso. A sua esquerda ponha uma vela preta e à direita, uma vela branca. Essas velas servem para direcionar a energia. Nós Bruxas, acreditamos que a energia entra pela esquerda e sai pela direita. Não se esqueça que a cor preta atrai energias, absorvendo todas as cores da luz. Já a cor branca, reflete todas as cores e funciona como um transmissor, irradiando a energia oriunda do altar.

Uma vela vermelha também deve fazer parte do altar e deve ser colocada à direita (posição do Deus), para representar o Deus solar.

Também é providencial colocarmos itens de proteção em nosso altar, como um coral negro ou sal marinho.

O altar deve ser montado antes de traçarmos o círculo, pois não se pode transpô-lo depois de traçado.

O círculo tradicional usado pelas Bruxas tem o diâmetro de 3 metros. Para traçá-lo necessitamos de uma bússola que nos informe onde fica o norte magnético, pois é a partir desse ponto que iniciamos o seu traçado.

TRAÇANDO O CÍRCULO E DANDO INÍCIO AO RITUAL

Para dar início a um ritual, em primeiro lugar devemos traçar um círculo mágico. Não esqueça, o nosso círculo será traçado utilizando ramos de artemísia ou flores de girassol.

Os círculos são lugares poderosos para realizar trabalho espiritual e curativo. Num círculo encontramos os Deuses e em alguns rituais atraímos para baixo o poder do Deus e da Deusa, e assim nos convertemos neles.

Ao organizar um círculo mágico, purificamos primeiro o espaço que usaremos com os quatro elementos de terra, ar, fogo e água. Caminhamos ao redor da área (sentido horário) que se tornará o círculo mágico levando conosco uma tigela de sal e água (representando a terra e água) e um incensório (representando o fogo e o ar).

Enquanto percorra a trajetória do círculo no sentido horário, dizendo:

"Pela água e pela terra, pelo fogo e pelo ar, pelo espírito, seja esse círculo amarrado e purificado como desejamos. Assim seja!"

Volte ao altar e deposite a tijela de sal e água e o incensário em seus respectivos lugares.

Depois empunhando seu cetro ou o athame, caminhe na direção dos ponteiros do relógio em redor do círculo três vezes, dizendo:

"Faço esse círculo para proteger-nos de todas as forças e energias negativas e positivas que possam surgir para nos causar danos.Encarrego esse círculo de atrair unicamente as mais perfeitas, poderosas, corretas e harmoniosas forças e energias que sejam compatíveis conosco. Faço esse círculo para servir de espaço sagrado entre os mundos, um lugar de perfeito amor e de perfeita confiança. Assim seja!"

Retorne ao centro do altar e diga:

"Esse é um tempo que não é tempo e um lugar que não é um lugar. Estou entre o umbral de dois mundos, ante ao véu dos mistérios. Que os Deuses me protegem e me guiem nessa travessia mágica."

EXORCISMO DA ÁGUA

Colocar o recipiente com água sobre o pentagrama e a ponta do athame na água e diga:

"Em nome da Deusa, eu te exorcizo Água e conjuro para fora de ti toda a impureza, para que seja um elemento de purificação e proteção em meu círculo. Bendita sejas!"

BENÇÃO DO SAL

Colocar o sal sobre o pentagrama e a ponta do athame no sal e dia:

"Em nome da Deusa eu te limpo, para que toda a impureza saia de ti e para que sejas um elemento de purificação e proteção de meu círculo. Bendito sejas!"

BENÇÃO DO FOGO

Colocar a vela vermelha sobre o pentagrama, acendê-la e colocar a ponta do pentagrama nela. Depois fale:

"Em nome do Deus eu te bendigo Fogo para que seja um elemento de purificação e proteção de meu círculo".

BENÇÃO DO AR

Colocar o incensário sobre o pentagrama, acender o incenso e esperar que comece a esfumaçar. Em seguida diga:

"Em nome do Deus eu te bendigo, traga-me teu amor e proteção para este círculo".

CONSAGRANDO O ALTAR

"Este é o momento de iniciar a consagração de meu altar.

porque esta é a hora de magia se manifestar.

Pelos poderes dos quatro elementos,

Com este feitiço os objetos vão se encantar.

Consagro-te pentagrama mágico,

Com o seu símbolo envolvido pela energia da Terra.

Consagro-te incensário mágico,

Com seu incenso consumido pela força do ar.

Consagro-te cálice mágico,

Com seu líquido embebido pela virtude da água,

Consagro-te castiçal mágico,

Com a vela queimada pelo poder do fogo.

Consagro-te caldeirão mágico,

Com seu interior armazenando o vigor do éter.

Consagro-te altar mágico,

Para que emane as energias corretas para o meu caminho.

Que assim seja, que assim se faça!"

Passa-se a fumaça do incenso sobre o altar e depois deve-se borrifar gotas de água salgada por todos os objetos. Bebe-se um pouco do conteúdo do cálice.

CHAMANDO OS GUARDIÕES

Agora é o momento de invocar os guardiães dos portais para que protejam as portas elementais de teu espaço sagrado. Eles vigiam os umbrais de cada uma das Quatro Direções e permanecerão ali até que o libertes. Para invocá-los é necessário se posicionar em frente a cada ponto cardeal. Nesse ritual vamos começar pelo LESTE, pois essa é a posição onde nasce o sol.

"Com o amor perfeito e a confiança perfeita,

Iniciaremos a abertura dos portais dos elementos"

LESTE:

Dirija-se ou olhe para a posição Leste de teu círculo e faça soar por três vezes o sino e funde-te com os seres feéricos do Ar. São as sílfides aladas que as vezes estão rodeadas de um radiante esplendor, e os seres feéricos do tempo, como as fadas do vento, que influem nas tormentas e possuem asas que são bem maiores que seus corpos. Enquanto te fundes com esses seres, diga:

Guardiões do Leste, generosas fadas do Ar,silfos e sílfides;

Paralda, rei dos elementais do Ar,

Protegei a a porta da Torre de Observação Leste,

e vigiai esse círculo e tudo que há em seu interior.

Guardiões do AR sejam bem-vindos!

Se desejar pode acender uma vela amarela para representar esse portal e colocá-la no altar na posição leste.

SUL:

Olhe ou vá até a posição Sul de teu círculo, faça soar por três vezes o sino e funde-te com os seres feéricos do Fogo. São os espíritos do Fogo e as Salamandras que representam o poder destruidor e criador do fogo. Cada vez que se acende o fogo, está presente um ser feérico do dito elemento. Enquanto te fundes, fale:

Guardiões do Sul,generosos seres feéricos do Fogo, as Salamandras,

Djinn, rei dos Elementais Fogo,

Protegei a porta da Torre de Observação Sul,

e vigiai esse círculo e tudo que há em seu interior

Guardiões do FOGO, sejam bem-vindos!

Pode acender uma vela vermelha.

OESTE:

Olhe ou vá até a posição Oeste de teu círculo,faça soar por três vezes o sino e funde-te com os seres feéricos da Água. São os seres feéricos da água salgada como os merrows; os trasgos brincalhões e ativos, e as vezes com um aspecto muito similar ao humano, com pés e mãos palmeados. Os seres feéricos da Água, como as ondinas são muito belos e encantadores. Vivem em charcos, rios e lagos. Enquanto te fundes com os seres feéricos da Água, diga:

Guardiões do Oeste, generosos seres feéricos da Água, merrows e ondinas,

Nicksa, rei dos elementais da Água,

Protegei a porta da Torre de Observação Oeste,

e vigiai esse círculo e tudo que há em seu interior.

Guardiões da Água, sejam bem-vindos!

Pode acender uma vela azul.

NORTE:

Olhe ou vá até a posição Norte de teu círculo, faça soar o sino por três vezes e funde-te aos seres feéricos da Terra. São seres da parte subterrânea e da superfície da Terra, como as dríadas, que são altas; os espíritos verdes e marrons das árvores; os seres feéricos dos jardins e dos bosques, que são pequenos, possuem asas e gostam de música e dança; os gnomos que são baixinhos, enrugados e vivem debaixo das rochas; os leprechauns e os brownies. Os seres feéricos da Terra vivem as árvores, na vegetação alta e na base de árvores velhas. Enquanto te fundes com esses seres, fale:

Guardiões do Norte, generosos seres feéricos da Terra, gnomos, duendes e os sidhe,

Ghob, rei dos elementais da Terra,

Protegei e vigiai a porta da Torre de Observação Norte,

e vigiai esse círculo e tudo que há em seu interior.

Guardiões da Terra, sejam bem-vindos!

Pode acender uma vela verde.

INVOCANDO A DEUSA

Rainha e Mãe dos Deuses e dos homens, eu te convoco ao meu círculo para que presencies meu ritual, protejas meu círculo e me preencha com teu amor. Mãe Bendita, Danann, Brigith, Cerridwenn, Aine, Ísis, Astarte, Hécate, Deméter, Perséfone, Innana, Lilith. És a Deusa de múltiplos nomes e és a Guardiã dos mistérios de Eleusis e dos segredos femininos. Compareça eu peço, com seu raio de poder em meu círculo.

Bem-vinda sejas!

INVOCANDO O DEUS

Deus e Pai, eu te convoco ao meu círculo para que presencies meu ritual, protejas meu círculo e me preenchas com teu amor. Lugh, Cernunnos, Dagda, Osíris, Hades, Hórus, Baal, Apolo, Hermes, Anúbis, Dumuzz. Tu és o Guardião do Templo e que cuidas da tradição, que fertiliza a terra e que morre a cada ano na primavera. Compareça eu peço, com todo o seu poder em meu círculo.

Bem-vindo sejas!

O Círculo está selado pelo poder dos Deuses e dos Guardiões. Que eles me guiem e me protejam!

Depois fique em pé em frente ao altar e com o athame erguido para cima diga:

Eu celebro o ápice do verão com ritos místicos.

Ó Grande Deusa e Deus,

Toda a natureza vibra com suas energias

E a Terra é banhada com calor e vida.

Esse é o momento de esquecer problemas passados;

Agora é hora da purificação.

Ó ígneo Sol,

Queime o que é inútil,

O que machuca,

O mal,

Com seu poder onipotente.

Purifique-me!

Continue dizendo:

Que cessem todas as penas!

Que cessem todas as disputas!

Esse dia é para viver!

Dou graças a Deus Mãe e ao Deus Pai,

Pela riqueza e bondade da vida!

Se você está realizando esse ritual em meio a natureza, é muito importante construir uma fogueira (sempre ao sul) para queimar os saquinhos com ervas. Caso isso não seja possível, deves acendê-lo na chama da vela vermelha e depois deixar queimar dentro do caldeirão. Sempre coloco dois caldeirões em meu altar, para ser usado em uma situação como esta.Os saquinhos, para relembrar, simbolizam todos os seus problemas, dores, angústias e doenças.

Quando estiver queimando diga:

Eu os elimino pelos poderes da Deusa e do Deus!

Eu os elimino pelos poderes do Sol, da Lua e das Estrelas!

Eu os elimino pelos poderes da Terra, do Ar, do Fogo e da Água!

Faça uma pausa, observando as dores e os sofrimentos sendo queimados. Diga então:

Ó Generosa Deusa, Ó Generoso Deus,

Nessa noite mágica de Litha,

Peço que tragam para minha vida muita felicidade

E me ajudem a me conectar

com as boas energias

suspensas no ar encantado da noite.

Eu agradeço!

Faça uma parada para refletir. Sinta a energia da Natureza fluir através de você. Visualize a luz dourada divina entrando pelo seu chakra coronário e invadir todo seu corpo. Conecte-se com a Deusa e o Deus. Permaneça refletindo por uns 10 minutos, depois inicie a celebração de seu banquete.

Esse ritual é ideal para prática de qualquer tipo de magia, como as para o amor, proteção e cura. Mas antes de iniciar qualquer tipo de atividade, convide os participantes para pular a fogueira ou acenda uma vela vermelha dentro do caldeirão e faça todos pularem três vezes sobre ele para renovar as energias.

Depois é hora de iniciar o banquete. Coloque então os suco, o vinho, ou a bebida que irá servir sobre o pentagrama e diga:

"Senhor da Colheita, Senhora da Fertilidade, bendigam esta bebida que lhes apresento em sua honra".

Suspenda com as mãos, um a um os pratos de oferendas com os alimentos, dizendo:

"Senhor da Colheita, Senhora da Fertilidade, bendigam esses alimentos que lhes apresento em sua honra".

DESFAZENDO O CÍRCULO

DESPEDIDA DOS DEUSES

Grande Deusa lhe rendo graças por ter comparecido ao meu círculo e compartilhado comigo este ritual. Feliz Retorno e Feliz Reencontro! Apague a vela do lado da Deusa (vela preta).

Deus Solar lhe rendo graças por ter comparecido ao meu círculo e compartilhado comigo desse ritual. Feliz Retorno e Feliz Reencontro! Apague a vela do lado do Deus (vela branca ou vermelha).

DESPEDIDA DOS GUARDIÕES

"Com o amor perfeito e a confiança perfeita,

Iniciaremos a nossa despedida dos guardiões"


Começando pelo norte, agora no sentido anti-horário, apague a vela (se acendeu uma para representar esses guardiões), bata o sino uma vez e diga:

NORTE:

Bata o sino uma vez e fale:

Guardiões do Norte, generosos seres feéricos da Terra, gnomos, duendes e os sidhe,

Ghob, rei dos elementais da Terra,

Agradecemos vossa presença e vossa proteção

e nos despedimos com paz e amor no coração.

Benditos sejam!

OESTE

Bata o sino uma vez e diga:

Guardiões do Oeste, generosos seres feéricos da Água, merrows e ondinas,

Nicksa, rei dos elementais da Água,

Agradecemos vossa presença e vossa proteção

e nos despedimos com paz e amor no coração.

Benditos sejam!

SUL

Bata o sino uma vez e fale:

Guardiões do Sul,generosos seres feéricos do Fogo, as Salamandras,

Djinn, rei dos Elementais Fogo,

Agradecemos vossa presença e vossa proteção

e nos despedimos com paz e amor no coração.

Benditos sejam!

LESTE

Bata o sino uma vez e diga:

Guardiões do Leste, generosas fadas do Ar,silfos e sílfides;

Paralda, rei dos elementais do Ar,

Agradecemos vossa presença e vossa proteção

e nos despedimos com paz e amor no coração.

Que assim seja! Benditos sejam!

Depois que já tiver te despedido dos guardiões feéricos, chega o momento de levantar o Círculo. Faça-o suspendendo teu athame ou tua varinha em tua mão de poder, iniciando pelo ponto norte e caminhando lentamente anti-horário, dizendo:

"O Círculo está desfeito, mas não quebrado.

Que a paz e o amor encham nossos corações

Alegres nos encontramos, alegres nos despedimos

e alegres voltaremos a nos encontrar!

Que assim seja!"

Agora bata palma três vezes com as mãos.

O ritual está encerrado.

RECEITAS PARA O RITUAL DE LITHA

O banquete para esse ritual é simples, você pode usar e abusar das frutas da época e portanto servir abacaxi, maçãs, pêssegos, bananas, carambolas como também diversos tipos de pães. Para beber: vinho, leite, suco de laranja, suco de limão, cerveja ou hidromel.

Mas há algumas receitas que irão abrilhantar o cardápio do festival, afinal, as bruxas também são boas cozinheiras. Eis algumas delas:

PÊRAS BÊBADAS (6 porções)

Ingredientes:

6 pêras

8 colheres de sopa de açúcar

um punhado de cravos

canela em rama

2 garrafas de vinho tinto

1 colher de sopa de farinha de trigo

Descasque as pêras sem tirar o talo. Coloque-as numa panela e acrescente o açúcar, os cravos, a canela e o vinho até que as pêras fiquem cobertas.Leve ao fogo por 1 hora. Depois dissolva a farinha de trigo em água e coloque na panela para engrossar o caldo. Deixe por mais dez minutos, aproximadamente. Está pronto. Deixe esfriar e sirva!

PUDIM DE ABACAXI

Descasque um abacaxi grande a maduro, passe-o pelo liquidificador e retire o suco. Adicione a este 500m gramas de açúcar, leve ao fogo e faça uma calda em ponto-de-pasta.

Bata 12 ovos inteiros e misture-os à calda ainda morna, passando tudo por uma peneira fina.

Coloque em uma forma untada com açúcar queimado e cozinhe em banho-maria no forno.

BATIDA LITHA (6 porções)

Ingredientes:

1/2 litro de leite

1/2 litro de iogurte

1/2 copo de suco de limão

1/2 maço e hortelã

1 xícara de açúcar

Gelo

Bata tudo no liquidificador e sirva na hora.

MAÇÃS VERDEJANTES DE LITHA (6 porções)

Ingredientes:

6 maçãs do tipo fujy

6 colheres de sopa de açúcar

1 garrafa de vinho branco

2 xícaras de licor de menta

Numa panela, misture as maçãs, o açúcar, o vinho branco e o licor de menta. Ponha a ferver, durante duas horas e está pronto. As maçãs vão ficar verdes e lindas para acompanhar nosso ritual.

Texto pesquisado e desenvolvido por

ROSANE VOLPATTO

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Stregheria- bruxaria Italiana


Stregheria é um termo moderno, um neologismo, utilizado por alguns autores neo-pagãos como um sinônimo para a palavra italiana Stregoneria, que significa Bruxaria.

Para algumas pessoas, a Bruxaria Italiana é tida como a "Velha Religião" (Vecchia Religione, em italiano), culto neopagão italiano com origens nos velhos mistérios Egeu-Mediterrâneos. A stregheria é uma religião iniciática imposta por diversos clãs, na maioria hereditários e extremamente herméticos.

Já para outras, a Stregoneria é simplesmente a prática de bruxaria de influências italianas, desvinculada de religião, já que para Bruxaria Tradicional a mesma não é considerada uma 'Religião' per se, mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.

Cultos

O Culto das Streghe Neo-Pagãs centra-se na figura da Deusa Diana e seu irmão e Consorte Dianus Lucifero. Mas este Culto, deve-se deixar claro, é aquele mantido por praticantes modernos, e não correspondem a Bruxaria Italiana como um todo. Deve-se dizer ainda, como demonstrativo da variedade de práticas e pensamentos ligados a 'Stregoneria' que há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos, enquanto há outros grupos e praticantes que se focam na figura do Diabo e demônios menores. Portanto, não é possível generalizar a 'Stregoneria' como uma prática única, ou como um único Culto.

Quando feito dentro de famílias ou em grupos de práticas, os rituais da Bruxaria Italiana também buscam a cura, a fertilidade e a prevenção ou quebra do mal olhado, também conhecido como malocchio ou jetattura, bem como o amaldiçoamento de seus inimigos e feitiçaria para diversos fins, sejam benéficos ou maléficos.

Dentro das tradições das streghe ocorrem também ritos solares, obedecendo tanto às estações do ano, quanto à ciclos de plantio e colheitas nas diferentes regiões da Itália.

Segredos e práticas

Os streghe ou bruxos se reunem às noites de lua, dependendo de seu crescente ou declínio, e nos dias de sol intenso. À lua cheia são revelados os mistérios da tradição, enquanto os rituais solares são voltados para a adoração e a iluminação, e ainda o contato com a natureza, tão importante pra nós. Os elementos têm muita importância para os streghe, e uma das práticas secretas é a Arte das Transmutações, em que se utiliza o magnetismo do olhar para impregnar pessoas e coisas, como os benzedeiros chamam de "Luz nos Olhos" ou "Olhar de Fogo", para os bruxos. O Brilho do olhar pode ser usado para o bem ou mal, mas a maioria dos streghe utilizam o fogo (para libertaçao) e a água (para purificação), visualizando o corpo em questão cheio destes elementos. A stregaria também mantém contato com espíritos familiares, elementais, anjos e devas, etc., mas tudo com objetivos definidos, sejam materiais ou de desenvolvimento espiritual. Muitas tradições que se voltaram para o cristianismo mantiveram o simbolismo strega pelas gerações, e hoje constituem alguns dos principais grupos mantenedores da stregaria no Brasil. Apesar de misturada e muitas vezes enraizada no Cristianismo esotérico e no hermetismo, a stregaria mantém suas antigas tradições e rituais mediterrâneos, que morrem com os membros, mas cedo ou tarde retornam na família, através de sonhos, inspirações e até mesmo uma curiosidade.

Stregheria revelada

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Streghe (Bruxas em Italiano).

A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana e Dianus Lucifero. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana e Dianus, embora, indubitavelmente eles sejam os mais cultuados.

As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.

Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharão esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.

Animulare, Tanarra, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "streghe" em diversos dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

Clãs e tradições de Stregheria

A Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por um conjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Streghe estão ligados entre si pela linhagem.

Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilas daqueles locais, ou em famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosas ou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Deusa e o Deus




O Divino Feminino

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.

É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).


A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...


O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.

O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.

Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...

Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.


Fonte: Templo da Deusa