quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
A Fé nos Espíritos das Fadas
(Imagem uma figura Lasa desenho baseado na Arte etrusca, 600a.C)
No livro The Faires in English Tradition and Literature ( Universsity of Chicago Press, 1967 ) , K.M. Briggs, presidente da Sociedade Inglesa de Folclore e detentor de uma doutorado em folclore pela Universidade de Oxford, nos diz que a mais antiga menção a fadas de qualquer espécie na Inglaterra surge nos encantamentos anglo-saxões contra tiro de elfos ( de Anglo-Saxon Chronicles, cerca de 800 d.C ) . No capítulo vinte de seu livro, Briggs reconhece que algumas fadas podem ter ingressado nas crenças celtas vindas da mitologia romana, e não da literatura clássica.
Também vemos, em The Fairy Faith in Celtic Countries, de W.Y. Evans Wentz ( que também possui doutorado em folclore por Oxford ), que as palavras fátua, fata ( respectivamente grego e romano “para fada” ) e fee ( inglês para “fada” ) são todas correlatas. Nesse livro, lemos no capítulo três:” [...] a raça das donzelas imortais, às quais os primitivos da Itália davam o nome de Fatuae, deram origem a toda família de fadas [...]”
No manuscrito do século XIII intitulado Lancelot Du Lac ( Lancelote do Lago ), encontramos Nimue, “ A Senhora do Lago”. O desconhecido autor dessa obra chama o lago de “Lago de Diana” e se refere a Diana como Rainha que reinava na Sicília antes dos tempos de Virgílio. Ele diz que os camponeses criam nela como Deusa, e que ela amava os bosques onde era cultuada pelos pagãos ( homens do campo ). O culto medieval siciliano das fadas, bem documentado pela inquisição Espanhola, está associado à Deusa Diana, que os italianos há muito chamavam de “A Rainha das Fadas”. Diana, por sua vez era cultuada na Itália no Lago Nemi, onde outrora existira seu templo ( reerguido por volta de 500 a.C no mesmo local de seu templo anterior ). Como observado por Frazer em The Golden Bough, esse antigo lago era chamado de Espelho de Diana pelos romanos, pois o reflexo da Lua Cheia podia nele ser avistado a partir do templo. No livro Ladies of the Lake ( Aquarian Press,1992 ), de Caitlin e John Matthews, vemos que Diana era associada a Nimue , a qual possuía um consorte chamado Faunus. Vemos ainda que o Pai de Nimue se chamava Dionas, um nome curiosamente semelhante a Dianus.
As mais remotas origens da imagem estereotípica de fadas na cultura ocidental remontam à arte mediterrânea. As criaturas aladas do mundo espiritual foram pela primeira vez retratadas em antigas pinturas em tumbas. O mais remotos registros de fadas de 600ª.C, na forma das Lasas, espíritos dos campos e florestas. Imagens de fadas só vieram a surgir na arte celta
Após a ascensão do cristianismo, depois da ocupação romana. A arte etrusca também representa as Lasa com tamanho humano, geralmente na companhia de um deus ou deusa, As Lasas aladas pequenas são geralmente retratadas com humanos e normalmente flutuam sobre um recipiente com incenso ou sobre uma bacia votiva. As Lasas eram também associadas as culto dos ancestrais, e são encontradas em templos etruscos ( uma pratica que liga ao antigo culto aos mortos ). Isso também se aplica aos espíritos conhecidos como Lare, os quais os romanos posteriormente absorveram e modificaram a partir das cresças etruscas de estruscas das Lasa.
O Culto aos Mortos mediterrâneo deixou sua marca de fadas na cultura etrusca da Itália. Temos seu peimeiro registro na história etrusca de Tages. Com o desenrolar da lenda, diversos fazendeiros preparam-se para lavrar um campo quando, do solo, surge um pequeno ser com aparência de elfo que se chama por Tages. Tages presenteia-os com os ensinamentos sagrados, nos quais a religião etrusca foi então embasada. Em seguida, ele aparentemente morre e desaparece, voltando às profundezas da terra.
É nos mitos etruscos que encontramos as criaturas semelhantes a fadas conhecidas como Lasa. Essas fadas são identificadas com a vegetação e com os segredos da Natureza. Na arte, são retratadas nuas e possuindo asas, portando um pequeno frasco de elixir. O líquidos contido
Nos frascos podia trazer um destes três resultados. Uma gota poderia curar qualquer doença, duas abririam os olhos aos segredos da natureza e três transformariam a matéria em espírito ou o espírito em matéria. Tais transformações eram necessárias quando da passagem do mundo físico ao mundo das fadas e vice-versa. Conceitos semelhantes surgiram posteriormente em lendas celtas.
Todas as culturas européias possuem folclore envolvendo seres conhecidos como fadas. Por vezes, são de natureza benevolente, em outras são criadoras de confusão. Apesar de as crenças sobre fadas diferirem de uma cultura a outra. Há dois conceitos básicos universais a todos: a distorção do próprio tempo e as entradas ocultas ao mundo das fadas. Esses temas surgem com maior predominância na mitologia celta.
O “agrupamento” de fadas surge nas lendas celtas, bem como no Culto às Fadas da Sicília. Aparentemente não se trata, contudo, de um mito de origem etrusca. Mesmo assim, o agrupamento das fadas é consideravelmente comum no folclore Italiano atual.
Digitado por Sarah Crow ( Witch Crow )
Retirado do Livro Os Mistérios Wiccanos
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