segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Deuses, Arquétipos E egrégoras


Deuses, Arquétipos E egrégoras


“O homem se esqueceu de que todos os deuses ainda moram no seu coração.”
William Blake




O panteão das tradições antigas resultou na interação dos princípios cósmicos universais: O masculino, representado pelo Pai Céu, e o feminino, personificado pela Mãe Terra.
O casamento sagrado desses pólos gerou forma energéticas secundárias, polarizadas pela influencia das forças telúricas, cósmicas, planetárias e dos fenômenos da natureza. Quando modeladas pela egrégora mental de um conjunto racial,tribal ou grupal, essas energias se manifestam como arquétipos divinos, imbuídos de características e atributos específicos e com apresentações e nomes que variam conforme o lugar de origem.
A existência e a sobrevivência dos arquétipos de determinado panteão dependem da INTENSIDADE com que são cultuados e da duração desse culto. Sem essa conexão e nutrição recípocra, as matrizes etéreas enfraquecem-se e acabam desaparecendo com o passar do tempo.
Apesar de as divindades dependerem da egrégora humana, elas não são mero fruto de nossa imaginação; são expressões reias de poderosos campos energéticos e vórtices de energia cósmica. Elas existem em uma realidade diferente do mundo tridimensional, chamada pelos xamãs de nagual ou “realidade incomum” ( ou extrafísica ), e têm o poder de existir e agir independentemente da vontade humana.
Esses centros de energia cósmica, sutis e inteligentes, denominados divindades ( sejam elas deuses, vibrações originais,devas ou orixás ), supervisionam o livre-arbítrio coletivo e auxiliam nas decisões tomadas pelos indivíduos, dentro dos limites , valores e regras do ambiente ao qual pertencem. Isso significa que elas não interferem no livre-arbítrio, nem agem contra os interesses do agrupamento humano que as “criou” e continua “alimentando-as” por meio de invocações, oferendas, cultos e rituais. Existe a necessidade de intercambio energético permanente entre a origem e o resultado da criação, entre o criador e a criatura.
Uma divindade deixará de existir apenas quando não tiver mais nenhum ser humano invoque sua presença ou acredite em sua existência. Quando isso ocorrer , o campo energético por ela representado não se extingue no espaço , mas se desloca ou volta a sua origem , podendo servir como subtrato para a criação de um novo arquétipo, em lugar ou tempo diferente.
Os deuses e deusas não são arquétipos estático, eles EVOLUEM e se MODIFICAM, de acordo com o progresso cultural e tecnológico e a tragetória espiritual humana
As mudanças na percepção e interpretação de suas manifestações e a compreensão expandida de seus atributos e funções levam à readaptação dos mitos e a sua adaptação às novas necessidades mentais humanas que determinam a “metamorfose” das divindades, que acompanham de maneira simbiótica, o desenvolvimento de seu povo e o surgimento de novos valores e hábitos comportamentais, morais e sociais. Compreende-se assim, o porque das diferenças nos mitos de um mesmo deus ou deusa e os variados nomes a eles atribuídos.

Esse texto foi digitado por Sarah Crow e retirado do Livro Mistérios Nórdicos de Mirella Faur
Arquétipos da Mitologia Nórdica
CAPITULO III

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