quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A DEUSA TERRA COMO DEIDADE SUPREMA



MÃE TERRA – DEUSA MÃE


Terra, Divina Mãe, que gera todos os seres e cria todas as coisas, cuja influência desperta, acalenta e adormece a natureza. Mãe que fornece a nutrição da vida e a protege com um abraço sustentador. Mãe amorosa que recebe o corpo do homem quando o seu espírito se afasta, chamada com razão a Grande Mãe, fonte de poder de deuses e mortais, indispensável para tudo o que nasce ou morre. Senhora, Mãe , Deusa eu A reverencio e invoco Seu sagrado nome para abençoar a minha vida, lhe agradeço pelas dádivas e por me receber no fim da minha jornada!


Prece inglesa do século XII



A reverência da Terra como Deusa Mãe era um costume universal e ancestral, tendo sido encontrado em todas as antigas civilizações e culturas, que A invocavam por nomes específicos e cultuavam de maneiras diversas.

O historiador romano Tácito afirmou nos seus livros que as tribos européias consideravam a Mãe Terra como uma divindade toda abrangente, a que todos os seres humanos, sobrenaturais e divinos obedeciam.O conceito de uma Mãe Terra foi definido pelos gregos, cujo poeta Hesíodo chamou a Terra de Gaia ou Gea, a Deusa com amplos seios, morada segura para todos os seres, que depois de emergir do caos primordial, criou o céu, Urano, e junto com ele procriou os Titãs, as montanhas e florestas, os campos, mares, rios e todos os seres vivos.Os romanos a chamaram de Tellus ou Terra Mater, a Grande Mãe, criadora dos homens, da natureza e dos animais.

A Terra tanto dava a vida, como propiciava e acolhia a morte, por isso os povos antigos da Ásia, África e América consideravam os enterros ritos de plantio, o espírito sendo regenerado no ventre da terra e depois renascendo em um corpo de mulher.Os nativos norte-americanos acreditavam que os seres humanos e os animais emergiam das aberturas no corpo da Mãe Terra, pois era no seu ventre que eles eram gerados. A doutrina central da religião ameríndia era a reencarnação em um novo corpo do espírito criado pela Mãe Terra, que por isso deveria ser respeitada, honrada e cuidada. Pinturas rupestres da Austrália e lendas dos nativos norte-americanos representam a Mãe Terra parindo os primeiros seres ancestrais, que saiam do Seu ventre ctônico pelas aberturas no solo como grutas e fendas. Na Índia os sacerdotes hindus falavam para os mortos se deixarem cobrir pela terra como se fossem crianças acolchoadas pelo manto materno, silencioso, escuro e macio.

Os filósofos romanos atribuíam à Mãe Terra o misterioso poder que despertava e sustentava a vida, tudo vindo Dela e a Ela retornando, pois ela era o começo e o fim, o nascimento e a morte. Preces romanas do século III pediam à Mãe Terra que recebesse o corpo quando a alma dele se retirasse e enquanto vivo, que o nutrisse e protegesse. Mesmo séculos mais tarde, nos túmulos cristãos da Alemanha se lia:"aqui jaz no ventre de Erda (a Mãe Terra) o corpo de...."; até o século XII os camponeses europeus continuavam invocando as bênçãos da Mãe Terra nos plantios, para que as colheitas fossem protegidas e abundantes e nas construções, para que elas durassem.

Para os povos eslavos Mayca Vlazna Zemlja ou Mati Syra Zemia (A úmida Mãe Terra) era a mais antiga e importante divindade, reverenciada até o século X - mesmo depois da cristianização - e descrita como a força Doadora da Vida, responsável pela fertilidade, reprodução humana e animal e pela abundância da natureza. Seu culto era muito antigo e Ela jamais foi personificada por uma figura humana, mas reverenciada como a própria terra. Seu animal sagrado era a vaca, por terem em comum a fertilidade e a abundância da nutrição.Os camponeses se dirigiam diretamente à Mãe Terra, sem precisarem da intermediação de sacerdotes ou padres e tinham por ela um profundo respeito, amor e gratidão, pedindo suas bênçãos para plantios, suas casas, crianças e animais.Era invocada como conselheira, protetora, testemunha e juíza nas disputas de terras e propriedades e era em Seu nome que eram feitos os juramentos (engolindo um pouco de terra) e abençoados os noivos (colocando um pedaço de terra sobre suas cabeças). Após a cristianização, o seu culto persistiu alguns séculos até que aos poucos, Seus atributos e qualidades foram atribuídos para a Virgem Maria e manifestados nas mulheres.

Os povos bálticos acreditavam que o mundo e a vida eram manifestações de uma força sagrada que tudo permeava e que existia em todos os seres, animados ou não, sendo a fonte do universo e da existência e que era reverenciada como a Grande Mãe sob diversos nomes como Zemyna, Laima, Gabija. Apesar da perseguição cristã, as antigas tradições pagãs que cultuavam a Mãe Divina –cósmica e telúrica - continuaram ocultas em lendas, canções (chamadas dainas) e costumes populares mantidos pelas mulheres.

Na Rússia, em lugar de usar a bíblia para juramentos, os camponeses colocavam terra sobre suas cabeças invocando a Mãe Terra como testemunha. As boas vindas para os visitantes eram acompanhadas do tradicional prato de pão com sal (produtos da terra) e continuam até hoje, porém desprovidas do seu antigo significado sagrado.

Na antiga Grécia os mitos contam como até mesmo os deuses olímpicos invocavam Gea ou Rhea, a mais antiga das divindades, para testemunhar e selar juramentos e pactos, sabendo que todos os seres vivos eram sujeitos às Suas leis.

“Lar“ e “mãe” eram noções idênticas para os povos antigos, que as uniram na imagem de uma Deusa Senhora da Terra; eles acreditavam que deviam ser enterrados no solo onde nasceram e viveram e se recusavam abandonar suas terras mesmo perante as invasões inimigas ou em situações de calamidades. Se por acaso estivessem longe da terra natal e sentissem a proximidade da morte, voltavam o mais rápido possível.

Em certos lugares nos Bálcãs, o encontro post-mortem dos homens com a Mãe era visto como um casamento, a morte sendo um rito sagrado de união com a terra e por isso os mortos eram vestidos como noivos que iam ser recebidos no leito da Mãe Negra.

A imagem arquetípica do casamento com a terra teve uma estranha interpretação na Renascença, com a aparição da pornotopia, poemas vitorianos em que o autor reduzido a um inseto ou ser minúsculo, percorria minuciosamente o corpo feminino descrito como uma paisagem, com vales sinuosos, colinas atraentes, bosques, córregos e uma misteriosa e aveludada gruta avermelhada, em cujo interior era experimentado o êxtase sublime. Este tipo de manifestação artística foi interpretado posteriormente como uma carência espiritual ligada à negação da Mãe Terra no simbolismo religioso e à repressão sexual pelo puritanismo vitoriano.

A gruta é uma associação universal com o ventre da Mãe Terra, local simbólico de nascimento e regeneração; a palavra sânscrita garbha significava “santuário” e “ventre”.Os locais sagrados hindus eram as grutas, representando a yoni da Grande Mãe e nelas foram criados altares para peregrinações e oferendas, muitas delas tornando-se moradas dos eremitas e mestres espirituais. Nos templos etruscos e romanos existiam câmaras subterrâneas chamadas mundus, termo equivalente a ”terra” e “ventre”. Rhea era a Mãe Terra cretense, Criadora de Toda a Vida, que tinha surgido da gruta uterina do Monte Dikte, onde Ela deu à luz a Zeus, que depois foi aclamado como o Pai dos deuses olímpicos.

Mesmo com o advento do cristianismo o culto das grutas continuou com os rituais nelas celebrados. Por não ter sido possível extinguir a reverência às grutas, a igreja passou a usar motivos nelas inspirados para a construção das criptas e câmaras subterrâneas nas igrejas e catedrais. Inspiradas nas antigas lendas dos casamentos sagrados e na conexão com a terra, após a desaparição dos cultos pagãos, as grutas passaram a servir como alcovas de amor nos encontros dos casais e muitas delas foram nomeadas em homenagem a Afrodite como sendo a sua padroeira. As fontes curativas da Europa nasciam nos antigos locais sagrados das deusas pagãs ou nas grutas consideradas portais de acesso para o ventre da Mãe Terra, e por isso foram destinadas para a regeneração e cura, bem como para comunicação com o mundo ancestral e os seres sobrenaturais.

Os nossos ancestrais viviam em grutas e nelas foram encontrados os mais antigos achados arqueológicos e antropológicos datados de 700.000 anos, assim como indícios do uso mágico do fogo para proteção, como comprovam as pesquisas feitas na gruta de Petralona no Norte da Grécia. A partir de 40.000 a.C. existiram altares dedicados à Mãe Ursa, a mais antiga representação da Senhora dos Animais e inúmeras pinturas de animais nas paredes, que depois foram substituídos pelos desenhos mais rebuscados de cenas de caça, luta e danças rituais, mulheres grávidas ou parindo. As inscrições rupestres comprovam a sacralidade das grutas do período paleolítico e neolítico e, mesmo antes das figuras de mulheres apareceram nos desenhos, a sua presença era indicada por animais prenhes, mãos, barcos, inúmeras reproduções de seios aproveitando as formações das rochas, triângulos púbicos e ferraduras invertidas (símbolos universais da vulva), pintados com ocre vermelho. Foram encontradas figuras femininas grávidas esculpidas na entrada das grutas ou estatuetas sem rosto, mas com traços bem elaborados como as famosas Vênus das grutas de Willendorf, Laussel e d’Aurignac, com seios, vulvas, ventres proeminentes e símbolos lunares, revelando a sua conexão com fertilidade, vida e abundância. Em muitas grutas foram encontradas além das figuras femininas ossadas humanas pintadas de vermelho e em posição fetal, demonstrando a função complementar das grutas como locais de nascimento e morte, os moribundos sendo levados para o mesmo lugar onde tinham nascido.Outras grutas eram usadas para rituais de celebração e ritos de passagem, conforme se deduz dos achados e inscrições encontradas nas grutas de Peche Merle e Madeleine na França.

O mais antigo culto europeu era do urso, comprovado pelos crânios arrumados de forma cerimonial e cercados por círculos de pedras nas grutas da Suíça, onde se originou o culto de Dea Artio, a “Mãe Ursa”, Senhora da Caça e da proteção das florestas, equivalente ancestral de Ártemis e Diana como Potnia Theron, a “Mãe dos Animais”, associada aos nascimentos e à proteção dos recém-nascidos. Nos países eslavos as anciãs colocavam os recém nascidos sobre peles de urso e pediam a proteção das deusas correspondentes: Devana, Dziewona e Diwica. Talvez este culto se devesse à semelhança do esqueleto do urso com o humano e ao seu andar em duas patas, atribuindo-lhe o papel de mediador entre o mundo humano, animal e espiritual, sendo que, em algumas culturas antigas, o urso era o guardião ou totem do clã, dando assim origem ao culto da “Mãe Ursa”. Estatuetas de ursos em barro e imagens gravadas nas paredes foram achadas nas grutas de Creta, em uma delas sendo erguida uma capela cristã para Maria na sua representação de Panatya Arkoudiotissa, a "Mãe Ursa".

Reproduções de grutas foram encontradas nas “câmaras de incubação de sonhos” dos antigos templos de Mesopotâmia, China, Egito e Europa, a mais famosa sendo a de Creta, o Hypogeum, datado de 5000 a.C. e tendo uma câmara circular com um estrado de pedra em que se deitava a sacerdotisa oracular, conforme comprovam as estatuetas “da Senhora adormecida”.Dormir no ventre da Mãe Terra era um método ancestral de cura, com recebimento de mensagens sobrenaturais ou de sonhos (interpretados depois pelos sacerdotes) ou um rito de passagem, em que os doentes permaneciam deitados à espera da cura, da vida ou da morte. Estes antigos rituais foram comprovados nos templos das ilhas de Malta e Gozo, onde os peregrinos passavam por experiências profundas ao se conectar com a Mãe Terra, os espíritos sobrenaturais e os ancestrais.

As grutas continuam sendo lugares poderosos para nos conectarmos com a Mãe Terra, mergulhar nas memórias subconscientes e nos deslocar para os mundos sutis, em busca de mensagens, sonhos reveladores, cura e regeneração. Reverenciar o princípio sagrado da Terra nos auxilia na conexão com a beleza e a magia da natureza e com todos os seres da criação, nossos irmãos. Reconhecer a Natureza como a nossa Mãe, nos permite expandir o respeito e os cuidados com o meio-ambiente, a busca do nosso alinhamento energético e espiritual e uma maior e permanente parceria em lugar da atual competição, poluição e profanação do corpo sagrado da nossa Mãe Terra, primordial e eterna.

Mirella Faur

sábado, 16 de outubro de 2010

Anjos e demônios na wicca



http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/cia-de-jesus-cristo.spaceblog.com.br/images/gd/1255555643/ANJOS-DEMONIOS-13-O-TRAGICO-DESTINO-DE-SATANAS.jpg
Gostaria de comentar sobre o porquê de muitos "wiccanos tradicionais" definirem que naão existe anjos ou demônios na Wicca. Peço, pra que cada pessoa que estiver lendo esqueça, nesse momento, a doutrina que faz parte ou a idéia que possui sobre anjos e demônios e analise um pouco da história das terminologias e também dos seres elementais/espirituais que os anjos e os demônios representaram e representam para a história das civilizações.
Nem todo mundo sabe mais os seres mensageiros, hoje conhecidos como anjos, existem a muitos e muitos anos, inclusive, são anteriores ao Cristianismo, melhor, são anteriores tb ao judaísmo. Os Angeolos (grego) ou Ângelus (Latim), eram seres elementais que possuíam a capacidade de vagar entre os planos, e eram tão “puros” em sua estrutura, que compreendiam qlqr linguagem, inclusive a dos Deuses, sendo muitas vezes considerados Deuses “menores” ou Gênios, entre alguns povos os Angeolos assim como os Manes (Daimon), existiam não somente no meio externo, mas tb dentro de nós seres humanos. Para Sócrates; “Daimon é a parte incorruptível do homem, o verdadeiro homem interno, a alma espiritual”. Por isso os homens eram capazes de se comunicar com os Deuses e tb com seres caóticos. Mas é interessante mostrar que para esses povos, os Angelos e os Manes (Daimon) não eram seres distintos, eram, na verdade, os mesmos seres, apenas com nomes diferentes. Isso se deve porque para os pagãos a idéia de Bem e Mal não existia, os Angeolos(Daimon) eram seres “puros”, ou seja, não se ligavam nem ao bem nem ao mal, faziam oq precisavam fazer e pronto, não importava como os homens aceitavam tais ações, o importante era que fizessem o que tinham que fazer, pois isso para eles é o “certo”.
Esses seres eram normalmente “vistos” com asas, pois como sabemos as mensagens eram passadas pelo Ar, através de corujas, águias, pombos...Vemos tb que o Deus mensageiro Hermes era sempre caracterizado com um capacete com asas, e calçando uma sandália alada. Por essa razão os Angelos e os Manes (plural de Daimon) eram sempre caracterizados como seres alados. Segundo Hermes os Manes eram espíritos guardiões da raça humana; “aqueles que moram na proximidade dos imortais, e daí velam pelos assuntos humanos”.
Agora saindo dos povos gregos, vamos aos povos do oriente, de onde os Hebreus roubaram a termologia Elohim, que atualmente muitos pagãos usam como referência aos Angelos.
O termo “El” para designar Deus, vem dos Cananeus, povos semitas da Fenícia e da Palestina, cuja civilização foi marcada pela unidade da religião e da linguagem. Em toda a sua região eram adoradas as divindades conhecidas pelos textos de Ugarit (referência abaixo) como El, Baal, Adu, Anat, e vários outros (sim eles eram pagãos). O culto dos Cananeus ocorria em lugares altos onde se encontravam os bosques sagrados, sacrifícios e ritos sexuais assinalavam as celebrações dos festivais em honra aos Deuses. Atingidos pelas invasões Aramaicas (sendo um dos povos invasores, os Hebreus) no fim do II milênio a.C. o “mundo” cananeu reduziu-se, a apenas, as cidades Fenícias e Púnicas.
El era o Deus do Céu entre os Cananeus (Singular a Zeus entre os Gregos). Divindade suprema que foi eclipsado(Ofuscado) por Baal. Apropriado pelos hebreus, o nome do Deus e dos seus seres mensageiros, passou a ser um termo para designar os outros nomes de Javé:
Elohim e El-Shaddai.Encontramos referência dessas palavras na Bíblia, e tb nos textos Babilônicos de Tell Al Amarna, sendo esses últimos textos, pagãos e anteriores a formação da Bíblia Hebréia* (Antigo testamento).
O termo Elohim é o plural de Eloha que significa: “mensageiros de El”. Como El era o Deus do Céu - veja Céu como apenas a atmosfera compreendia entre a terra e as estrelas – ele tb era considerado o Deus Mensageiro dos Cananeus, e seus “braços direito” eram os Elohim (na hierarquia dos elementais, são os mais “evoluídos”).
Sei que um texto muito longo é cansativo, mas já que estou disponibilizando algumas informações históricas acredito que é interessante comentar sobre os sítios Arqueológicos de Ugarit e Tell Al Amarna, já que eles foram citados como referência.
Ugarit era uma antiga cidade da costa da Síria, ao norte de Latáquia, atual Ras Shamra, a chegada dos Amorreus no III milênio a.C fez a prosperidade da cidade, que se tornou, no II milênio, um rico centro comercial em que predominavam as influências Egípcias e Hitita. O sítio arqueológico de Ugarit foi descoberto em 1928 e escavado por C. Schaeffer e sua equipe. Em dois imensos palácios foram descobertos em câmaras subterrâneas, depósitos de arquivos e de textos literários, os quais, possuíam 5 sistemas de escrita entre elas a Ugarítica, língua semítica utilizada na fenícia dos séc. XV ao XIII a.C.
Amarna, sítio do Médio Egito, na margem oriental do Nilo, ao norte de Assiut,presente no local das ruínas de Aquetatão, a efêmera capital de Amenófis IV Aquenaton (1372 – 1354 a.C.). Os arquivos reais lá encontrados forneceram um grande volume de informações sobre as relações do Egito com outras regiões do Oriente Próximo. Foram descobertos templos do culto solar, palácios, residências particulares, bairros operários e necrópoles, assim como diversas oficinas e lojas.
* Baal é a palavra semítica que significa “Senhor”, e que era aplicada a várias divindades padroeiras de cidades, em especial a Hadad, deus da tempestade. Percebam que a Igreja Católica, para não perder o costume, transformou o termo Baal no nome de um dos “grandes demônios”, e em alguns casos é até o nome dado ao Diabo.
Depois disso tudo vamos ao resumo: No passado os seres elementais/espirituais responsáveis por transmitir mensagens, energias, e sensações entre os planos, além de serem os guardiões dos “portais” eram chamados pelos gregos de Angeolos ou Daimon, sendo que sua força e personalidade também habitavam o mundo interno de cada ser humano. Esses seres não eram bons nem maus, eles agiam de acordo com o que precisavam fazer, pois na mente dos antigos (e dos atuais) pagãos nada é bom ou mal, tudo depende do ângulo que vc encara, normalmente consideramos tudo um aprendizado e uma forma de arrecadar sabedoria. Esses mesmos seres aparecem na crença dos Sumérios, Babilônicos, Cananeus e vários outros, e o termo que alguns deles usavam para representar esses seres era Elohim, ou mensageiros de El. Atualmente a Igreja Católica absorveu e transformou o termo Angeolos em anjos, e Daimon em Demônios, mas inseriu neles características inexistentes no passado, primeiro pq transformou-os em seres distintos, segundo pq colocou os anjos como seres Bons e os Demônios como seres maus, ligando-os inclusive a uma entidade unicamente cristã/judaica denominada de Diabo/Satã (que na mitologia judaica, era um anjo). Ou seja, fizeram uma “mistureba” danada, um anjo virou um ser quase divino, que passou a controlar os Daimon que deixaram de ser a mesma coisa que os angeolos. Os anjos, por sua vez, foram divididos em 9 camadas hierárquicas: Serafins, querubins, tronos, dominações, virtudes, postestades, principados, arcanjos, anjos. E agora a termologia anjos significa: "ser celeste intermediário entre Deus(cristão monoteísta) e os homens". Assim sendo, as religiões pagãs como a Wicca, não podem mais usar o termo anjos, pois isso causaria uma grande confusão, principalmente na mente dos mais novos que desconhecem os traços históricos dos termos, e além de causar um choque de Egrégoras, pois seriam 2 contextos (Pagãos e Cristãos) utilizando um mesmo "termo invocativo" para invocar e evocar entidades diferentes.
Enfim, o que podemos fazer? Como trabalhar com esses elementais/entidades? Simples, atualmente boa parte das tradições da Wicca e de Clãs da Bruxaria tradicional trabalham com a terminologia Elohim, já que esta, apesar de aparecer como um dos muitos nomes de Jeová (Deus dos hebreus), não possui nenhum vínculo ou culto religioso fortemente estruturado e propagado como ocorreu com os anjos, e possui uma egrégora unicamente pagã.
O conselho que eu dou é: Use o termo Elohim, qndo for trabalhar com os seres mais altos da categoria elemental, ou crie nomes para eles(como muitos na BT fazem), mas não use o termo anjos, pois esse nome já deixou de ser (ou nunca foi) pagão e está enraizado na cultura cristã. Se vc usar o termo anjos, vai acabar confundindo as pessoas e ainda vai cair em um grande choque de egrégoras. E essa confusão não é boa para a imagem da religião Wicca, e muito menos para o paganismo.
Existem anjos e Demônios na Wicca? Não, não existem. Angeolos, Daimon, Manes e Elohim, existem, mas anjos e Demônios não.
Alguém agora pode bater o pé e dizer Angeolos e anjos é a mesma coisa, só escreve diferente. Minha resposta é a seguinte: Para os Judeus o nome Shabbat (com SH) é o sábado, o sétimo dia da Criação, o Dia do Repouso do Senhor e a mais importante comemoração dos Judeus. Todo tipo de trabalho é proibido, homens, mulheres, crianças, animais, nada pode trabalhar no dia de Shabbat, pois é um dia de meditação, introspecção e estudo, dedicado à lembrança da escravidão do Egito. Já na Wicca os Sabbaths (apenas com S e com h no fim) são as comemorações celtas (maiores) e os equinócios e Solstícios (menores). Os termos são parecidíssimos e no passado eram utilizados para designar as celebrações não cristãs, mas hoje, já fortalecidos são termos parecidos, mas que significam coisas completamente diferentes, e é assim com os Angelos e os anjos.
TEXTO: Dayne Anglius

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poção para atrair dinheiro e prosperidade



Essa é uma poção muito simples que deve ser feita para melhorar sua situação financeira. Deve ser realizada na noite de um dos três primeiros dias de Lua Cheia.

Você vai precisar de:

* 1/2 litro de água mineral
* Corante verde
* Oito moedas do mesmo valor
* Essência de madeira do Oriente
* Uma folha de fortuna
* Três velas verdes
* Um incenso de canela

Como fazer:

Comece pregando a folha da fortuna na porta de sua casa. Quando ela já estiver cheia de novas folhas (a folha de fortuna se multiplica), prepare a poção.

Acenda o incenso e as velas verdes em triângulo. Numa tigela, coloque as moedas e acrescente a água, dizendo:

"Assim como a água do rio, o dinheiro flui na minha vida. Assim como a chuva cai do céu, o dinheiro se multiplica no meu bolso."

Acrescente oito gotas de essência e oito gotas de corante. Em seguida, coloque a folha de fortuna no meio e, com as mãos sobre a poção, diga o seguinte encantamento:

"Vou ganhar muito dinheiro
Pois para mim ele vem hoje e manhã
Vem correndo, vem ligeiro,
Vem voando, de tarde, de noite e de manhã.
E com meu trabalho e minha sorte
Elimino minhas dívidas
Nelas dou um corte.
Minha sorte muda para melhor
Com essa poção de riqueza.
Agradeço as bruxinhas pela presteza
Pois vieram me ajudar
Para esta poção encantar!
Que se faça em luz e graça
Assim seja, assim se faça!"

Mantenha a poção no mesmo lugar até que as velas se apaguem, e então coloque-a num frasco de perfume.

Retire a folha e devolva-a para um jardim, agradecendo por sua ajuda.

As sete moedas devem ser gastas em algo que lhe dê prazer.

Como usar:

A poção pode ser usada como um perfume, passada nas mãos, ou então passada com um pano no batente da porta, na carteira ou na mesa de trabalho. Repita essa operação em todas as Luas Cheias.