quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VELAS Cores das Velas Sagradas de Deuses e Deusas


VELAS

Cores das Velas Sagradas de Deuses e Deusas


Assim como o Cristianismo é formado por diversas denominações religiosas, há também diversas tradições dentro da Feitiçaria (ou Wicca, como muitas Bruxas modernas preferem chamar). Cada tradição Wicca possui rituais e festivais diferentes, e muitas usam um nome diferente para a Deusa e Seu consorte, o Deus Cornífero.

Embora geralmente velas brancas de altar bastem para invocar as deidades pagãs, usar uma vela especial com a cor sagrada adequada ao invocar um Deus ou Deusa em particular trará resultados muito melhores.

A seguinte lista em ordem alfabética contém os nomes, descrições e cores das velas sagradas das Deusas e Deuses adorados pelas várias tradições Wicca, assim como muitas das antigas deidades da natureza louvadas por diferentes culturas pagãs através da história.


AAH : Um dos Deuses da Lua sagrados do antigo Egipto. A cor de sua vela sagrada é o prateado.

ADITI: Deusa do Céu hindu. A cor de sua vela sagrada é o azul.

AFRODITE: Deusa grega do amor e da beleza e uma entre os Doze Grandes do Olimpo. Também conhecida como Citeréia, identifica-se com a Deusa romana do Amor, Vênus. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o rosa.

AGNI: Deus hindu que assume três formas: sol, luz e fogo. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

AMATERASU-O-MI-KAMI: Deusa-Solar japonesa. As cores de sua vela sagrada são o amarelo e o dourado.

AMON (ou Amen): Deus egípcio da vida, reprodução e agricultura; é representado como um homem com cabeça de carneiro. A cor de sua vela sagrada é o verde.

ANAITIS: Deusa persa da Fertilidade. A cor de sua vela sagrada é o verde.

ANU: Deusa-Mãe, Deusa do Amanhecer e Deusa da Morte e dos Mortos. As cores de sua vela sagrada são o preto e o branco.

ANÚBIS: Deus egípcio da morte e da magia negra, que aparece em forma de cachorro, ou homem com cabeça de chacal. Na mitologia egípcia, tratava-se do filho de Néftis e às vezes sua importância rivalizava com a do grande deus Osíris. A cor de sua vela sagrada é o preto.

AODH: Deusa-ígnea celta. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

APOLO: Deus grego do sol, fertilidade, profecias e oráculos, assim como uma deidade associada à luz, cura, música e poesia. Na mitologia grega, era o filho de Zeus, irmão gémeo da Deusa da Lua Artemis e um entre os Doze Grandes do Olimpo. As cores de sua vela sagrada são o dourado e o branco.

ARRIANRHOD: Deusa-Mãe e deusa neopagã galesa da fertilidade. As cores de sua vela sagrada são o verde e o branco.

ARTEMIS: Deusa grega da lua, caça e animais selvagens. Sendo uma deusa lunar, tem sido um arquétipo influente para Bruxas e seguidores do culto contemporâneo à Deusa. Equivale à Deusa romana da Lua, Diana, e se identifica com Luna, Hécate e Selene. As cores sagradas de sua vela são o prateado e o branco.

ASHERALI: Deusa da lua e da fertilidade do cananeu. As cores de sua vela sagrada são o verde, o branco e o prateado.

ASTARTE: Deusa fenícia do amor e da fertilidade. Identifica-se com a lua e é representada com crescentes em forma de chifres. As cores de sua vela sagrada são o rosa, o verde, o vermelho e o prateado.

ASTRÉIA: Deusa grega da inocência e da pureza, filha de Temis, a deusa da Justiça. Conta o mito que, após abandonar a Terra, ela foi colocada entre as estrelas, onde se tornou a constelação de Virgem. A cor de sua vela sagrada é o branco.

ATENA: Deusa grega da sabedoria e das artes, e uma entre os Doze Grandes do Olimpo. Identifica-se com a deusa romana Minerva, e as cores de sua vela sagrada são o roxo e o branco.

ATTIS: Deus da fertilidade e da vegetação para os frígios e consorte da Deusa da Fertilidade, Cibele. A cor de sua vela sagrada é o verde.

BAAL: Deus fenício da natureza e da fertilidade, associado à chuva de inverno. Representado como um guerreiro de capacete com chifres e munido de lança, foi adorado como o principal deus da Terra, por milhares de anos. A cor de sua vela sagrada é o verde.

BACO: Deus romano do vinho e da algazarra; identifica-se com o Deus grego do Vinho, Dionísio. Na mitologia, era filho das deidades Zeus e Semeie e consorte de Ariadne. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o roxo.

BALDER: Deus do Sol escandinavo, filho de Odin, e personificação da sabedoria, bondade e beleza. As cores de sua vela sagrada são o amarelo e o dourado.

BAST: Deusa egípcia da Fertilidade e filha de Isis, também conhecida como Filha da Luz. Confere saúde e simboliza paixão sexual. Nos tempos antigos, era adorada na forma de gato e, mais tarde, como uma mulher com cabeça de gato. Na bruxaria e cultos sexuais mágicos da atualidade, Bast é uma das mais populares entre as antigas Deusas Egípcias. As cores de sua vela sagrada são o vermelho, o verde e o branco.

BENTEN: Deusa do Amor dos budistas japoneses. É também a deusa da feminilidade, da música, da literatura e do mar. A cor de sua vela sagrada é o rosa.

BRIGIT: Deusa celta e neopagã do fogo, da sabedoria, da poesia e dos poços sagrados, além de ser uma deidade associada com profecia, vidência e cura. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o branco.

CE-AEHD: Deusa celta da natureza. A cor de sua vela sagrada é o verde.

CEARA: Antiga deusa pagã da natureza; é a equivalência feminina do deus Cearas. A cor de sua vela sagrada é o verde.

CEARAS: Antigo deus pagão do fogo e equivalente masculino da deusa Ceara. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

CENTEOTLE: Deusa mexicana da fertilidade. A cor de sua vela sagrada é o verde.

CERES: Deusa romana da colheita e fertilidade da Terra e mãe de Prosérpina. Na mitologia grega, ela é Demeter, a deusa da agricultura e mãe de Perséfone. As cores de sua vela sagrada são o verde, o laranja, o marrom e o amarelo.

CERNUNOS: Deus cornífero celta da natureza, dos animais selvagens, da caça e da fertilidade, "Senhor de Todas as Criaturas Vivas", e consorte da Grande Mãe. Ele é representado com cabeça de touro, torso de homem e cauda de peixe. Como deus neo-pagão, é reverenciado principalmente por seguidores da Wicca de tradição gardneriana. A cor de sua vela sagrada é o verde-escuro.

CERRIDWEN: Deusa celta e neo-pagã das montanhas, da fertilidade e da inspiração. A cor de sua vela sagrada é o verde.

CHERNOBOG: Deus eslavo das tempestades e da guerra, também conhecido como Trovão e Lançador de Relâmpagos. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

CHU-JUNG: Deus chinês do fogo. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

CIBELE: Deusa frígia da natureza e da fertilidade, consorte do Deus Attis e equivalente à Deusa-Mãe grega Réia. Cibele está simbolicamente associada aos animais selvagens e montanhas, e no mito é representada dentro de uma carruagem puxada por leões. A cor de sua vela sagrada é o verde.

CLÓRIS: Deusa grega das flores e equivalente da Deusa romana das flores, Flora. As cores de sua vela sagrada são o branco e todas as cores florais.

DAGHDA: Deus principal das tribos pagãs da Irlanda, "Senhor do Grande Conhecimento", e Deus da Fertilidade e da Terra. Acreditava-se que ele controlava a vida e a morte com um porrete e que possuía um caldeirão com magias poderosas As cores de sua vela sagrada são o verde e o marrom.

DAZHBOG: Deus eslavo do Sol e consorte/irmão da Deusa Zhiva. As cores de sua vela sagrada são o amarelo, o dourado e o laranja-avermelhado.

DEMETER: Deusa grega da fertilidade, do cultivo agrícola e da colheita, mãe de Perséfone e uma importante deidade nos mistérios de Elêusis. Identifica-se com a deusa romana Ceres; as cores de sua vela sagrada são o verde e o laranja.

DEUSA TRÍPLICE: Uma trindade de Deusas com três diferentes aspectos e três diferentes nomes. A Mãe Lua é adorada como uma Deusa Tríplice cujo símbolo sagrado é a lua crescente. Os três aspectos de sua deidade correspondem às três fases lunares: em sua fase crescente ela é Selene, a mãe e doadora de luz. A lua cheia é Diana, a caçadora. Em sua fase minguante ela é Hécate, a sábia anciã e Rainha da morte e da escuridão. Nos mitos nórdicos, a trindade da Deusa Tríplice é Freya (deusa do amor e da beleza), Frigga (deusa-mãe) e Hei (rainha da morte e governante do mundo subterrâneo). Os múltiplos aspectos da deusa celta Morrigan são: Macha, Badb e Neman. Até Maria, dos mitos cristãos, é tanto uma trindade como qualquer antiga deusa paga, embora seus seguidores não a descrevam como tal. Ela incorpora os atributos encontrados nas deidades femininas de outras culturas (Virgem, Mãe, Santa), mas, suprimida por uma hierarquia paternal, sua adoração como Deusa é negada até por aqueles que assistem aos seus ritos. As cores da vela sagrada da Deusa Tríplice são o verde (mãe), o vermelho (guerreira) e o preto (anciã). Há também trindades de Deuses masculinos, como a trimurti hindu de Brahma, Vishnu e Shiva; a tríade grega de deuses solares Apolo, Hélio e Febo; e a bem conhecida união cristã das três figuras divinas Pai, Filho e Espírito Santo em uma única deidade. As cores da vela sagrada dos Deuses Tríplices variam, visto que os três aspectos dos deuses nem sempre são os mesmos em cada trindade.

DEW: Deusa grega da fertilidade. A cor de sua vela sagrada é o verde.

DIANA: Deusa da Lua, Deusa-Mãe e virgem caçadora da lua romana e neopagã. Identifica-se com a Deusa da Lua grega Ártemis e é reverenciada principalmente pelos seguidores da tradição Wicca diânica. As cores de sua vela sagrada são o prateado e o branco.

DIONISO: Deus grego do vinho, êxtase, fertilidade e natureza, era adorado em orgias frenéticas. Simboliza liberdade e impulsos espontâneos, sendo equivalente ao Deus romano do Vinho, Baco. As cores de sua vela sagrada são o vermelho, o roxo e o verde.

DURGA (também Durva): Deusa hindu e consorte do Deus Shiva; era adorada em toda a índia, mas especialmente em Bengala. Durga é representada como feroz assassina de um dragão e tem dez braços, mas é dito que ela é amorosa e gentil para com seus adoradores. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

DYAUS: Deus do Céu indo-europeu, consorte da Deusa da Terra, Prithivi, e pai de Indra. A cor de sua vela sagrada é o azul.

EA: Deus babilônio da água, senhor da sabedoria e patrono da magia, artes e ofícios; identifica-se com o deus sumeriano Enk. Acredita-se que o simbolismo do signo astrológico de Capricórnio derive de Ea, visto que ele é representado com corpo de cabrito e cauda de peixe. A cor de sua vela sagrada é o azul.

EOSTRE: Deusa saxônia e neo-pagã da fertilidade e da primavera, de cujo nome deriva o nome do feriado da Páscoa [Easter]. A cor de sua vela sagrada é o verde.

EPONA: Deusa-Égua celta, cuja vela sagrada tem cor branca.

ERESHKIGAL: Deusa-Cornífera sumeriana e Rainha do Mundo subterrâneo. Identifica-se com a Deusa grega da Lua, Hécate, e é representada com o corpo de um peixe que possui escamas como as de serpente e orelhas de ovelha. A cor de sua vela sagrada é o preto.

EROS: Deus grego do amor e da sexualidade, o mitológico Filho de Zeus e Afrodite é a personificação da paixão humana. Identifica-se com Cupido, o deus romano do amor e filho de Vênus. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

ESMERALDA: Deusa sul-americana do amor. A cor de sua vela sagrada é, logicamente, o verde-esmeralda.

EXU: Deus da magia na macumba. As cores de sua vela sagrada são o branco e o preto.

FAUNO: Deus romano dos bosques, campos e pastores. Representado como meio cabrito e meio humano, é equivalente ao Deus grego da Natureza, Pan. A cor de sua vela sagrada é verde.

FLORA: Deusa romana das flores e de "tudo que floresce". É equivalente à Deusa grega das Flores, Clóris. As cores de sua vela sagrada são o branco e todas as cores florais.

FORTUNA: Deusa romana da felicidade, sorte e oportunidade, que possui o poder de conferir aos mortais tanto riqueza quanto pobreza. É identificada com a Deusa grega, Tício. As cores de sua vela sagrada são o verde, o dourado e o prateado.

FREY: Deus escandinavo da fertilidade, adequadamente representado com um falo erecto indicativo de seu poder fertilizador. É também uma deidade associada com paz e prosperidade. Na mitologia, ele é irmão e consorte da deusa Freya e filho do deus do mar, Njord. A cor de sua vela sagrada é o verde.

FREYA (também Freyja): Deusa escandinava da fertilidade, do amor e da beleza, cujos símbolos sagrados e familiares eram os gatos. No mito encontra-se representada como uma bela mulher andando numa carruagem puxada por gatos. Era também a Rainha do Mundo Subterrâneo e irmã e consorte do Deus Frey. Como deusa neopagã, é reverenciada principalmente por seguidores da Wicca de tradição saxônia. As cores de sua vela sagrada são o verde, o vermelho e o preto.

FRIGGA: Deusa-Mãe escandinava e consorte do Deus Odin. Ela era também patronesse do casamento e da fecundidade. No mito é representada andando numa carruagem puxada por carneiros sagrados. A cor de sua vela sagrada é o branco.

FRIJA: Mãe-da-Terra pagã-germânica e consorte do Deus Tiwaz. O dia da semana a ela consagrado é a sexta-feira. A cor de sua vela sagrada é o marrom.

HADES: Deus grego do Mundo Subterrâneo, governante dos mortos e irmão do todo-poderoso Zeus. Na mitologia romana denomina-se Plutão. A cor de sua vela sagrada é o preto.

HATHOR: Deusa egípcia da beleza e dos céus, patronesse da fecundidade, das criancinhas e da música. Frequentemente é representada como uma mulher de cabeça de vaca, que usa um diadema com duas plumas e um disco solar decorado com estrelas simbolizando seu papel de Deusa celestial. A cor de sua vela sagrada é o azul.

HÉCATE: Deusa grega da Lua, deusa neo-pagã da fertilidade e da magia da lua, Rainha do Mundo subterrâneo e protectora de todas as Bruxas. Conhecida como "Deusa da Escuridão e da Morte", assim como "Rainha dos Fantasmas e das Encruzilhadas", identifica-se com a deusa lunar Diana e com a deusa grega Perséfone. As cores de sua vela sagrada são o preto e o prateado.

HERA: Deusa grega da morte e do renascimento, Deusa da Terra e consorte de Zeus. As cores de sua vela sagrada são o preto e o marrom-escuro.

HÉSTIA: Deusa grega da Lareira. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

HÓRUS:Deus egípcio do céu e filho de Isis e Osíris. E representado como um homem com cabeça de falcão, tendo por olhos o sol e a lua. A cor de sua vela sagrada é o azul-real.

INANNA: Deusa sumeriana tanto do amor quanto da guerra, que se identifica com a deusa babilônia Ishtar. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

ISHTAR: Deusa assíria, babilónia e neo-pagã do amor, da fertilidade e da guerra, que personifica o planeta Vênus. Era uma Deusa-Mãe e consorte de Tamuz, o Deus dos cereais e do pão que morria a cada inverno e renascia na primavera seguinte. Sendo uma deusa tríplice, ela representa nascimento, morte e renascimento. Em seu aspecto de Mãe, é a doadora de toda a vida. Em seu aspecto de Donzela-Guerreira, é aquela que traz a morte. Em seu aspecto de Anciã, traz renascimento e ressurreição. A lua crescente é um de seus símbolos sagrados. Ishtar é representada como uma mulher de feições de pássaro e cabelo trançado, que usa chifres de touro e preciosos colares, braceletes e tornozeleiras como adorno. É associada à deusa sumeriana Inanna e com a deusa fenícia Astarte. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o verde.

ÍSIS: Antiga Deusa-Mãe egípcia da fertilidade e deusa neopagã da magia e encantamento. Era irmã e consorte do Deus solar Osíris e às vezes era identificada com a deusa Hathor. Isis é o símbolo da maternidade divina e, em seus mistérios, era considerada como a única forma de todos os deuses e deusas. Costuma ser chamada de "Deusa dos Dez Mil Nomes". Em Hellespont (agora Dardanelles), era conhecida como Mystis, a Senhora dos Mistérios. A cor de sua vela sagrada é o verde.

JANO: Deus romano dos portões e portas, é a deidade associada com viagens e o começo das coisas. É representado como tendo dois rostos, cada um olhando em direções opostas. Seu festival acontecia em janeiro, e a cor de sua vela sagrada é o branco.

KALI: Deusa hindu da Morte, personifica as forças escuras e aterradoras da natureza. É representada como uma mulher de aspecto guerreiro, de pele escura e dentes caninos salientes, que usa um colar de caveiras humanas em torno do pescoço. A cor de sua vela sagrada é o preto.

KHONS: Um dos sagrados Deuses da Lua do antigo Egito. Era também conhecido como um deus de cura, e as cores de sua vela sagrada são o prateado e o branco.

KILYA: Deusa inca da Lua. As cores de sua vela sagrada são o prateado e o branco.

KUAN YIN: Deusa chinesa da fertilidade, do parto e da compaixão. A cor de sua vela sagrada é o verde.

KUPALA: Deusa eslava da vida, do sexo e da vitalidade. É reverenciada no Dia do Meio do Verão, e a cor de sua vela sagrada é o vermelho.

LOKI: Deus escandinavo do fogo. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

LUCINA: Deusa romana da Lua, associada ao parto. As cores de sua vela sagrada são prateado e branco.

LUGH: Primitivo Deus celta do Sol, adorado pelos antigos druidas como o Doador Abundante da Colheita. O festival do Sabbat pagão de Lughnasadh (que significa "Comemoração de Lugh") originou-se com os druidas para prestar homenagem ao Deus-Sol. As cores de sua vela sagrada são o amarelo, o dourado e o bronze.

LUNA: Deusa da Lua romana e neo-pagã, cujo nome é o termo em latim para "lua". Identifica-se com Selene e Artemis, e as cores de sua vela sagrada são o branco e o prateado.

LUPERCUS: Deus romano da fertilidade, identifica-se com os deuses da natureza Pan e Fauno. Na antiga Roma, seu festival da fertilidade era conhecido como Lupercalia, no dia 15 de fevereiro. A cor de sua vela sagrada é o verde.

MAAT: Deusa egípcia da verdade, justiça e ordem do universo, cujo símbolo era uma pena. A cor de sua vela sagrada é o branco.

MIN: Deus egípcio da fertilidade e protector dos viajantes. As cores de sua vela sagrada são o verde e o branco.

MORRIGAN: Deusa celta da Guerra, morte e destruição, e mãe de todos os deuses irlandeses. Dizem que ela aparece em forma de corvo (um pássaro de mau augúrio na tradição celta) antes e durante as batalhas. E também conhecida como "Rainha Espectro" e "Grande Rainha Morgana". Como Deusa Trindade, chamava-se Macha, quando fazia magia com o sangue dos assassinados; Badb, quando aparecia na forma de uma gigante, às vésperas da guerra, para avisar os soldados de seu destino; e Neman, quando aparecia como anciã. As cores de sua vela sagrada são o escarlate e o preto.

MUT: Deusa egípcia da fertilidade. A cor de sua vela sagrada é o verde.

MYLITTA: Deusa babilônia da fertilidade. A cor de sua vela sagrada é o verde.

NÉMESIS: Deusa grega da ira e da vingança e filha mitológica de Erebo e Nyx. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

NETUNO: Deus romano do mar, irmão de Zeus e equivalente ao Deus grego do Mar, Poseidon. A cor de sua vela sagrada é o azul.

NINHURSAG: Deusa mesopotâmia da Terra e consorte de Ea. A cor de sua vela sagrada é o marrom-escuro.

ISIJORD: Deus escandinavo do mar e patrono dos pescadores. Também conhecido como deus da prosperidade. A cor de sua vela sagrada é a água-marinha.

NUT (também Nuit)

Deusa egípcia do Céu e mãe de Osíris, Isis, Set e Néftis. A cor de sua vela sagrada é o azul-real.

NYX: Deusa grega da noite, irmã e consorte de Erebo, o senhor das trevas. Identifica-se com a deusa romana Nox. A cor de sua vela sagrada é o preto.

ODIN: Deus escandinavo e neopagão da sabedoria, magia, arte e poesia. É também o Senhor dos Mortos e o consorte da deusa Frigga. Segundo a mitologia nórdica, Odin lutava contra gigantes, seduzia mortais e despertava os mortos em sua busca pela sabedoria do oculto e poder absoluto. Representam-no como um velho de um só olho, usando um anel mágico e montando um cavalo de oito pernas. É equivalente ao deus pagão-germânico Woden. As cores de sua vela sagrada são o roxo, o vermelho e o preto.

OSÍRIS: Antigo deus egípcio da vegetação e da fertilidade, cuja morte e renascimento, a cada ano, personificavam a vitalidade e a fertilidade auto-renovadora da natureza. Ele também era um governante da morte e tanto irmão quanto consorte da deusa Isis. Segundo a mitologia egípcia, Osíris foi afogado e desmembrado em quatorze pedaços por seu irmão ciumento, Set, mas depois recobrou a vida graças aos poderes mágicos de Isis. As cores de sua vela sagrada são o verde e o preto.

PAN: Deus Cornífero grego e neo-pagão dos bosques, dos campos, dos pastores e da fertilidade; muitas vezes é associado ao culto de Dionísio. É representado como um homem de barbas, tendo pernas, chifres e orelhas de cabrito, e equivale à deidade romana da natureza, Fauno. A cor de sua vela sagrada é o verde.

PARVATI: Deusa hindu das montanhas e consorte do deus Shiva. Conhecida como a governante dos elfos e espíritos da natureza, é filha dos himalaias e uma personificação da energia cósmica. As cores de sua vela sagrada são o branco e o marrom.

PELE: Deusa polinésia dos vulcões que, acredita-se, reside atualmente em Kilauea na principal ilha de Mauna Loa, Havaí, onde é adorada como sendo a essência do fogo da Terra. Até hoje, várias ofertas, como flores, cana-de-açúcar, pássaros brancos, dinheiro e conhaque, são feitas a ela, sempre que as erupções vulcânicas ameaçam as ilhas havaianas. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o laranja.

PERSÉFONE: Deusa grega conhecida como a Rainha do Mundo subterrâneo. Equivale à deusa romana Prosérpina. A cor de sua vela sagrada é o preto.

POMONA: Deusa romana das frutas e da fertilidade. É a consorte do deus Vertumno (o modificador), e seu festival da Pomonália era celebrado na antiga Roma no primeiro dia de novembro, marcando o fim da colheita. A cor de sua vela sagrada é o verde.

POSEIDON: Deus grego do mar e um dos Doze Grandes do Olimpo, cujo equivalente romano é Netuno. A cor de sua vela sagrada é o azul-claro.

PTAH: Deus do antigo Egipto, tido como o criador do universo e o patrono dos arquitectos, escultores e artesãos. Era consorte da deusa cabeça de leão Sekhmet, e seu culto concentrava-se em Mênfis, no Egipto, onde tanto ele quanto a esposa eram adorados. A cor de sua vela sagrada é o branco.

QUETZALCOATL: Deus asteca da fertilidade, vento e sabedoria, personificado como uma serpente emplumada e associado à Estrela da Manhã. As cores de sua vela sagrada são o bronze e o verde. Segundo o mito, o irmão gêmeo de Quetzalcoatl era Xolotl, deus patrono dos magos. Ele personificava o planeta Vênus como a Estrela do Anoitecer. A cor de sua vela sagrada é o preto.

RA: Deus-Sol egípcio; identificado como um deus do nascimento e renascimento. Era adorado em Heliópolis e a principal deidade no Ennead. A cor de sua vela sagrada é o dourado.

RHIANNON: Deusa-Mãe celta/galesa, originalmente chamada Rigatona (Grande Rainha) e identificada com a deusa-égua gaulesa, Epona. É retratada montando um pálido cavalo branco e carregando uma bolsa mágica de abundância. A cor de sua vela sagrada é o branco.

SATURNO: Deus romano da agricultura e da colheita, cujo festival, a Saturnália, acontecia anualmente na antiga Roma em meados de dezembro. Identifica-se com o deus grego Cromo, e a cor de sua vela sagrada é o laranja.

SEKHMET: Deusa da Guerra do antigo Egipto e consorte do deus Ptah. Representada como uma mulher com cabeça de leão, é a equivalência egípcia da deusa hindu Shakti. A cor de sua vela sagrada é o carmim.

SELENE: Deusa grega da Lua em seu aspecto crescente. Em seu aspecto minguante, chama-se Hécate. As cores de sua vela sagrada são o prateado e o branco.

SET (também Seth): Deus egípcio da escuridão e da magia negra, é a personificação do mal. E o equivalente egípcio do deus grego Tífon. A cor de sua vela sagrada é o preto.

SHAMASH: Deus-Sol babilônio, irmão da deusa Ishtar e uma deidade associada aos oráculos e profecias. Identifica-se com o deus sumeriano Utu e com o deus grego Apoio. A cor de sua vela sagrada é o amarelo.

SILVANO: Deus romano das florestas, campos e rebanhos, representado como um sátiro de barbas. A cor de sua vela sagrada é o verde-escuro.

SIN: Deus babilônio da lua; identifica-se com o deus sumeriano Nanna. A cor de sua vela sagrada é o branco.

SVAROG: Deus eslavo do fogo e da metalurgia, cujo símbolo é o martelo e a pinça de prata. E o consorte da Grande Mãe, e as cores de sua vela sagrada são o vermelho e o prateado.

TANE: Deus do Céu polinésio e Senhor da Fertilidade, considerado o criador do primeiro homem a partir do barro vermelho. O amuleto tiki (uma figura humana feita de madeira e madre-pérola) é o símbolo do poder criador de Tane. As cores de sua vela sagrada são o azul e o verde.

THANATOS: Deus grego da morte, cujo equivalente romano é o deus Mors. A cor de sua vela sagrada é o preto.

THOR: Deus do Céu escandinavo, Mestre dos Raios, filho de Odin e patrono dos fazendeiros e dos marinheiros. Representado como um homem forte, mas simpático, com cabelo desalinhado e longa barba ruiva. O martelo é seu símbolo, e o azul-escuro, a cor de sua vela sagrada.

THOTH: Deus egípcio da lua, sabedoria, magia, artes e ciência. Era também conhecido como o escriba dos deuses. E representado como uma íbis, um homem com cabeça de íbis e também como um macaco. A deusa da verdade, Maat, era sua consorte, e o primeiro mês do ano egípcio levava seu nome. As cores de sua vela sagrada são o branco, o prateado e o roxo.

THUNOR (também Donar): Deus pagão-germânico do Trovão e do Relâmpago e deidade associada à fertilidade. Seu dia sagrado da semana é quinta-feira, e o azul-escuro, o preto e o verde são as cores de sua vela sagrada.

TIWAZ: Deus pagão-germânico do Céu e consorte da deusa Frija. A cor de sua vela sagrada é o azul.

TLAZOLTEOTL: Deusa da Terra da América Central associada à fertilidade e ao amor. É também conhecida como "Mãe de Todos os Deuses". As cores de sua vela sagrada são o marrom e o verde.

URANO (também Ouranos): Antigo deus grego conhecido como Pai do Céu. Era o consorte da deusa Géia e personificava os céus. A cor de sua vela sagrada é o azul.

VÊNUS: Deusa romana e neo-pagã do amor e da beleza que personificava sexualidade, fertilidade, prosperidade e sorte. É a contraparte romana da Deusa grega do Amor, Afrodite. A cor de sua vela sagrada é o rosa.

VESTA: Deusa romana da Lareira, cujo templo era aceso pelo fogo sagrado vigiado por seis sacerdotisas virgens conhecidas como Vestais. A cor de sua vela sagrada é o vermelho.

WODEN: Deus pagão-germânico da guerra, artes do bardo (poesia), profecia e magia, cujo dia sagrado da semana é a quarta-feira. Era conhecido também como o Senhor dos Mortos, o primordial mestre das runas e o deus da mudança de forma. A mitologia mostra Woden como a mais elevada deidade do panteão germânico. O nome "Woden" é a forma inglesa do nome que deriva de uma forma de protogermânico Wodhan-az, que significa "mestre da atividade psíquica inspirada". Como deus neopagão, é adorado principalmente por seguidores da Wicca de tradição saxônia e freqüentemente identificado com o deus escandinavo Odin, a mais poderosa das deidades teutônicas. As cores de sua vela sagrada são o vermelho e o roxo.

XOCHIQUETZAL: Deusa centro-americana das flores. As cores de sua vela sagrada são o branco e todas as cores florais.

YARILO: Deus eslavo da Fertilidade e consorte da Deusa Lunar Marina. A cor de sua vela sagrada é o verde.

ZEUS: O mais poderoso dos deuses gregos, governante do céu e da terra, filho de Cronos e Réia. Era conhecido também como o Apanhador de Nuvens, Senhor dos Raios e mestre da mudança de forma. O carvalho era sua árvore sagrada; a águia, o pássaro; e o dourado, a cor de sua vela sagrada.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O sal é a "substância cara aos deuses".


O sal é a "substância cara aos deuses".



Citação de Platão

Origens

Desde a Antiguidade que o sal é utilizado pelos homens e é considerado um bem muitissimo precioso. Consideravam eles que era uma dádiva dos Deuses, e associaram-na tanto á religião, quanto á bruxaria. Para além disso, o seu valor monetario e economico era comparável ao do ouro, da seda e das especiarias.

A palavra sal vem do vocabulário grego “hals” e “halos”, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra “halita, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema.

Na Roma Antiga, a principal via de transporte chamava-se “Via Salaria ou “estrada do sal”. Era por essa via que chegavam as caravanas que traziam o sal para a capital do Império, era por ela que os centuriões transportavam os cristais preciosos para a cidade. Como pagamento eles recebiam o “salarium”, que significava “dinheiro para comprar sal” e recebiam igualmente umas medidas de sal como pagamento de parte dos seus emolumentos. O sal tinha assim um valor economico como unidade monetária. O uso da palavra “salarium” perdurou ao longo dos tempos, reconhecendo-se o seu nome na raiz etimológica da palavra “salário” (do latim “salariu”, ou “ração de sal”, “soldo”).

Desde 2000 a. a. que o sal é usado como forma de preservar os alimentos, carne, peixe…

Se nos nossos dias encaramos o sal como um alimento perfeitamente comum, tão comum que a generalidade das pessoas nem lhe dá a mínima importância (a não ser para dizer que a comida está salgada ou sem sal!), as coisas nem sempre foram assim...

O uso do sal ao longo dos tempos e culturas:

Na Antigüidade, era oferecido aos deuses, era usado pelos sacerdotes tanto em liturgias religiosas como em cerimónias mágicas, como para afastar os demônios. Os assírios utilizavam-no nos cultos religiosos.

No antigo Egipto, o sal foi considerado matéria sagrada e era usado como produto sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses.

Os Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar o corpo dos faraós.

Os romanos consideravam o sal um simbolo de sabedoria, e por isso usavam-no num ritual aos recém-nascidos: derramavam sal sobre eles para que não lhes faltasse a sabedoria.

Os Romanos e os Gregos nos seus sacrifícios aos deuses do lar, deitavam Sal na cabeça do animal, para o purificar. Para eles o sal simbolizava igualmente a destruição e a infertilidade, daí a pratica dos romanos espalharem sal nas terras conquistadas: para elas se tornarem estereis para sempre. Era um sinal de perpétua desolação. Os Romanos tinham uma expressão para exprimir a infidelidade a uma amizade que era “trair a promessa e o sal”. Assim desde aqueles tempos a ausência de um saleiro sobre a mesa representava um presságio, tanto quanto o sal derramado.

Da prática ritualistica destes povos, bem como do povo hebreu, de salgar os sacrificios oferecidos aos Deuses, nasce uma superstiçao muito comum na Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora do sacrificio, prenunciava má sorte.

Para os hebreus, o sal era um elemento purificador. O sal sempre teve um grande simbolismo, sendo o simbolo da perenidade da aliança entre Deus e o povo de Israel.

No cristianismo, mantem-se a crença judaica do sal como purificador, assim no ritual de baptismo era colocado sal nos lábios dos recém-nascidos.

.

Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o mercurio e o enxofre, sendo essencial á transmutação de metais. O sal continuava sendo indispensável para afastar os maus espiritos, os demónios e as bruxas. Assim, deitava-se sal na chaminé da casa para impedir os demónios de nela entrarem. E o facto de alguém comer alimentos sem sal era considerado altamente suspeito!!! Proliferaram igualmente as superstições relativas ao sal, mantendo-se a supertição de que desperdiçar sal era mau agouro, era sinal de malefício. Nesta época, o Sal separava senhores e servos, os que tinham dinheiro e os que não tinham...

Na obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), “A última ceia” retrata um saleiro derrubado diante de Judas e apontando na sua direcção. Já naquela época dizia-se, que algúem que entornasse sal deveria pegar nalgum do que foi derramado e lançá-lo para trás do ombro esquerdo, lado que representava o mal.

Os árabes citam recomendações de Maomé para: "começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males".

O sal na bíblia:

Na Bíblia, as primeiras referências ao sal estão no Antigo Testamento, no Livro de , com data estimada de 300 anos a.c., sendo que o A.T. o menciona com frequência, seja no contexto prático da vida, seja simbolicamente (significa nomeadamente pureza, incorruptibilidade, fidelidade). Em contrapartida no N.T. a referência ao sal torna-se metafórica. No sermão da Montanha, Jesus diz aos apóstolos “vós sois o sal da terra”. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra.

Algumas passagens biblicas:

No A.T., o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal.

Mas, o sal também trazia desgraça - um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes.

E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades destruídas pela ira divina.

No A.T., o sal era um simbolo importante da relação com Deus. Assim, o sal devia ser colocado em todas as ofertas e os manjares oferecidos a Deus deviam todos ser salgados com sal:

“E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar á tua oferta o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal” – A.T. Levitico 2:13.

Na Biblia encontra-se o termo "aliança de sal" designando uma relação com Deus que não pode ser rompida (aliança perpétua de sal)- Números, 18,11; Crônicas, 13,5.

"Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é esta, para ti e para tua descendência contigo." - Números 18:19

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um." - Colossenses 4:6

"Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens."- Mateus 5:13

A actualidade do sal:

Foi e tem sido usado no esoterismo e bruxaria para afastar as energias ruins e os maus espíritos.

No sec. XVI, o sal foi abolido por Lutero no ritual de batismo da religião protestante.

No entanto, uso do sal perdurou no baptizado católico até 1973. Foi usado na liturgia religiosa dos baptizados de forma a simbolizar a expulsão do demónio (purificação), sendo igualmente o sinal de sabedoria sobre o recém-nascido.

Ainda hoje, na Páscoa Judaica, no Pessach, as batatas e os ovos cozidos são regados com água salgada. Tal simboliza as lágrimas derramadas pelos judeus na travessia do deserto, durante a fuga do Egito.

Para os gregos, hebreus e árabes o sal é considerado o símbolo da amizade e hospitalidade, sendo que na Arábia comer sal acompanhado é considerado uma acção sagrada.

No médio oriente acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas, formam um vínculo. Por isso, usa-se sal para selar um contrato

Em Marrocos deita-se sal nos lugares escuros para espantar os maus espíritos.

Em Laos e Sião, as mulheres grávidas lavam-se diariamente com água e Sal, para proteger-se contra as maldições.

Nos países Nórdicos, coloca-se Sal junto ao berço das crianças, para as proteger.

No Havaí, a pessoa que volta de um funeral polvilha sal sobre si mesma, para garantir que maus espíritos que rondassem o defunto não a acompanhem em casa.

No Japão, o sal “shio” é considerado um purificador. Os Japoneses têm a seguinte lenda: o grande Kami Izanakino-Mikoto, desejou que sua mulher fosse levada para um lugar distante, sentindo a falta dela e arrependido por ter feito aquele pedido, foi purificar-se nas águas do mar. Os japoneses têm o costume de deitar sal na soleira da porta de suas casas depois de alguém não desejado ter saído. Os lutadores de sumo, para a luta ser leal, deitam sal no ringue. Também se espalha sal no palco antes de uma apresentação para evitar que os maus espíritos joguem pragas sobre os actores.

O sal é amplamente utilizado no esoterismo, em vários rituais de magia, pois tem uma função purificadora, seja ele usado sozinho seja em conjunto com outros produtos.

“CULINÁRIA” MAGICA sempre a mão: o sal

O sal é aquele ingrediente “mágico” que ninguém pode dizer que não tem, que não sabe o que é, ou que é muito caro. Por isso a dona de casa pode ser uma grande feiticeira... mesmo que não seja grande cozinheira... Você pode optar pelo sal grosso ou marinho, no primeiro caso tem o inconveniente de arranhar a pele, no segundo tem a vantagem de conter elementos como iodo e magnésio que ajudam a relaxar e acalmar os ânimos.

Por isso... não esqueça o sal!

Seguem algumas mágicas:

“Tempero” de limpeza da casa:

Copo de água com sal atrás da porta de entrada da sua casa.Coloque agua dentro de um copo de vidro e junte-lhe 3 pitadas q.b. de sal refinado.
Coloque o copo atrás da porta de entrada da sua casa e troque a água todas as semanas, deste modo a sua casa será limpa das energias negativas.

Harmonização do lar:

No início do mês comece por limpar da sua casa as inutilidades (objectos, roupas que já não usa, revistas...) e consequentemente as energias a elas agarradas. Coloque um pouco de sal pelos 4 cantos de cada divisão da casa. No final do mês, no último dia, recolha todo o sal. Num pano branco “virgem, ou seja nunca antes usado, coloque o sal juntamente com uma fotografia de cada um dos habitantes da casa. Feche o pano, dando-lhe sete nós. Atire para a água, seja água de rio ou de mar, mas esteja de costas quando o fizer, e depois de o fazer não olhe para trás.

O banho com água e sal:

O banho de sal grosso é o chamado "descarrego". É recomendado para eliminar as toxinas, porque o sal anula o excesso de energia, e limpar a sua aura. Quando esta está saturada o sal a recompõe rapidamente. Comece por tomar o seu banho do costume. Passe então pelo seu corpo a água com sal previamente preparado (pode ter um balde com o preparo ao lado do chuveiro) para não ter que interromper o banho. Dê especial atenção á zona do seu umbigo, pois aí se localiza o seu chakra solar, e é a zona do seu corpo por onde é absorvida a maior quantidade de energia negativa. Tome um segundo banho de chuveiro para retirar o exceso de sal. Para se enxugar dê batidinhas de leve com a toalha e vista-se preferencialente com roupas claras.

Faça este ritual uma vez por mês.

Banho com sal e arruda:

O banho com sal e arruda é um banho de descarrego de energias negativas. È óptimo quando tem vários sintomas de excesso de “peso espritual”, que se traduzem em fortes dores de costas, má disposição, sempre ensonado, dores de cabeça.

Como fazer: encha a banheira com água bem quente; queime um incenso a seu gosto para purificar o ambiente; deite dois punhados de sal grosso dentro da água, e deite o líquido resultante de uma infusão de arruda para dentro da banheira.

Deite-se dentro da água e relaxe. Fique o tempo que quiser. Vai ver aquele “peso” a ir-se embora. Tome em seguida o seu duche normalmente, vai var que estará muito mais leve.

Banho com sal e outros para retirar a negatividade:

Como fazer o preparado para o banho: 4 lt água; 2 punhados de sal grosso; 2 dentes de alho roxo cortados em cruz, 5 galhos de arruda fêmea e 5 de arruda macho. Faça esta mágica em lua minguante.

Ferva a água juntamente com os dentes de alho previamente cortados. Depois, macere a arruda até estar desfeita e junte-a á água fervida. Misture então o sal. Deixe arrefecer e coe. Tome o seu banho habitual e depois passe aquele preparo do pescoço para baixo. Passadas pelo menos 2 horas tome um duche para retirar o “banho mágico”.

Magia com sal para anular feitiço:

O que é preciso: 1 pano branco; 1 vela negra; 1 tigela de vidro; sal grosso; sal fino.

Na primeira noite de lua minguante, coloque a vela na tigela e ponha um pouco de água dentro (um dedo). Acenda vela negra e diga 3 vezes: "Lua de partida, leve os feitiços de minha vida"

Depois coloque dentro da tigela, à volta da vela, um punhado de sal grosso e diga, 3 vezes: "Com o cristal de sal, que se desfaça o mal".


Depois, sobre o sal grosso, coloque o sal fino, e repita 3 vezes: "Sal sobre sal, calor com calor, aquele que me fez mal, que sinta a sua dor"
Deixe a vela arder até ao fim. No entanto depois dela se apagar ficará um pedacinho. Esse pedaço juntamente com o resto do sal, você o coloca dentro de um pano branco nunca antes usado. Fecha o pano dando-lhe 7 nós, e manda tudo para a água do mar ou do rio, pedindo para as “águas da justiça lhe tirar todo e qualquer feitiço”. Sai dali não olhando mais para trás.

Amuleto com sal para afastar inveja do seu dinheiro:

O que é preciso: 1 saquinho de tecido verde, 3 moedas douradas, verniz incolor, uma toalha de banho vermelha, água corrente e sal grosso.

Faça da seguinte forma: facilmente arranjará as moedas douradas nas feiras junto dos vendedores de moedas ou nos antiquarios. Dê preferência ás maiores, e ás mais antigas. Você deverá começar por limpá-las. Seguidamente, as moedas mágicas deverão ser preparadas para se energizarem afim de cortarem a influencia negativa da inveja. Assim passe-as abundantemente por água corrente, esfregando-lhes sal grosso. Coloque-as ao sol para secarem, sobre um pano vermelho. Aplique então o verniz nelas.

Guarde então as suas moedas mágicas no saquinho de tecido natural verde e mantenha-o dentro de sua mala ou carteira. O auleto é seu e de mais ninguém! Não deixe que outra pessoa lhe toque ou veja as moedas.

Amuleto com sal para afastar inveja de sua casa:

O que é necessário: 1 lenço branco, 7 sementes de romã; 7 sementes de melancia; 3 dentes de alho com casca.

Deite tudo dentro do lenço e dê-lhe 7 nós (3 com 2 pontas, 4 com as outras 2).

Coloque-o dentro de sua casa dentro de um vaso. Deverá trocá-lo anualmente, no dia dos seus anos.

Uso do sal para limpar talismãs e amuletos:

Dependendo do material, existem várias formas de limpar os nossos amuletos e talismãs. Para limpar o amuleto basta deixá-lo em água corrente.Mas também pode deixá-los em água com sal grosso, ou deixá-los sob a chuva. Caso o seu amuleto não possa ser molhado, então o ideal é colocá-lo dentro de um prato com sal grosso.

O Poder Afrodisíaco do Sal:

Poder afrodisiaco do sal? Certos povos antigos atribuíram ao sal poderes afrodisíacos e acreditavam que sua carência reduzia a potência sexual dos homens.

Uma gravura satírica francesa do séc. XVI mostra diversas mulheres debruçadas sobre maridos sem calças e aprisionados em barris, que elas esfregam vigorosamente com sal nas suas partes íntimas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A diferença entre ser bom e ser bobo


A diferença entre ser bom e ser bobo


Bom dia amigos

Algumas pessoas pensam que por você ser bom, buscar alcançar a iluminação e evoluir na jornada terrena, ajudando ao próximo, sempre servindo,tentando policiar-se de suas fraquezas e etc... Algumas pessoas pensam que por você falar de paz, amor que você tem que ser bobo.

Vamos ver se vocês conseguem me entender,

Uma pessoa está sempre doando seu tempo tentando ajudar ao próximo colegas e de mais, muitas vezes essa pessoa se esquece até de si mesma apenas para ajudar a resolver problemas alheios , enquanto isso alguns que pedem as mãos querem também os pés e montam...

Essa pessoa na sua opinião que me lê é boa ou boba, até para não dizer otário?

Peço apenas que reflitam sobre ser bom e se deixar montar pelos outros.

Conheci um rapaz que ajudou um amigo a conseguir emprego na empresa onde ele trabalha, mais tarde o tal amigo lhe tomou o cargo , esperto o amigo e inocente o que o ajudou a entrar na empresa, até porque ele não esperava por essa.

Não sou cristã mais conforme eu já falei por ser eclética posso fazer uso de alguns textos de outras crenças desde que me ajudem a me elevar. Vocês acham mesmo que Jesus por pregar o Amor e a Paz e por se deixar crucificar ele era bobo? Seguindo o folclore bíblico, vejam bem, não acredito em terça parte da bíblia mais me faço quando necessário valer de alguns textos lá para me fazer entender por pessoas adeptas ao cristianismo. Então , alguém que sabe que mais tarde tem o Don de ressuscitar pode tranquilamente se deixar ser morto, ou seja , de bobo não tem nada ;) Até porque sabemos como tal fato chamaria a atenção do povo.

A natureza é boa, ela nos da o alimento é a nossa casa, mais ela também se vinga.

Vocês já viram aqueles filmes de bang bang onde os americanos invadem as aldeias dos índios estupram suas filhas e mulheres e depois os índios que são passivos lá nas terras deles são obrigados a revidar? Alguém aqui assistiu o filme Avatar? Pois bem, aqueles seres que mal faziam para que a raça humana chegasse lá no planeta deles e fossem destruindo tudo?

Eles eram bons, mais tiveram de revidar...

Quem nunca assistiu ao Senhor dos Anéis, onde quando até o ser de mais elevada Luz como Elfos ao se aproximarem do anel viam aflorar seu lado mais obscuro.

Por tanto meus amigos, o beme o mau não pode existir um sem o outro, isso aprendi nas aulas de cabalá, imaginem um ser totalmente passivo e bonzinho onde todos fazem dele o que querem? E ssa pessoa não tem um pingo se quer de malicia para se defender...

Agora imaginem um ser totalmente mau, que mata, estupra, roupa, mente, trapaceia e etc...

Temos de reconhecer nossas falhas para que possamos trabalhá-las dentro de nós, exaltar nossas qualidades é muito fácil difícil é assumir nossas fraquezas .

Voltando a diferença entre ser bom e ser bobo na minha visão é isso, você pode ser bom, está em comunhão com o criador , buscando sua evolução , agora não confunda bondade com ser bobo nem deixe os outros te fazerem de trouxa.

Até a próxima

Sarah ( witch Crow )

quarta-feira, 14 de abril de 2010

4. TEORIA DA CULTURA E A PRÁTICA DA CULTURA KALDERASH.



No GT Culturas Ciganas até agora nunca foi discutido e definido o
conceito de cultura a ser usado pelo GT. Obviamente todos, ciganos e
não-ciganos, sabem de que se trata. Mas será que sabem mesmo? Quando
professor na UFPB em João Pessoa falava sobre o conceito de cultura,
as teorias da cultura, dinâmica cultural, etnocentrismo e relativismo
cultural durante várias semanas. Não posso fazer isto hoje em apenas
meia hora. Por isso vou me limitar ao mínimo póssível.

A primeira definição de cultura é a de Tylor (1871): "aquele todo
complexo que compreende o saber, a crença, a arte, a moral, o
direito, o cos tume e quaisquer outras qualidades e hábitos adquiridos
pelo homem na sociedade". Depois surgiram centenas de outras
definições de cultura, mas que aqui não pretendo nem posso
reproduzir, a não ser a definição mínima de Herskovitch: cultura
é "as coisas que a gente tem, faz e pensa" (1948).

Das inúmeras teorias sobre cultura quero destacar apenas quatro:

a) a cultura é dinâmica; nenhuma cultura é completamente está tica. A
mudança é o resultado, principalmente, do contato entre sociedades
com culturas dife rentes.

Portanto, não é possível, nem desejável, impedir mudanças nas
culturas ciganas e exigir que continuem fiéis a antigas e
ultrapassadas tradições e costumes. Cigano hoje em dia tem computador
com internet e email, viaja de avião, se hospede em hotel, paga suas
contas com cartão de crédito, tem celular, etc. É uma questão de
sobrevivência. E os brasileiros, graças a deus, hoje não têm mais a
mesma cultura que tinham seus antepassados nos séculos 16 e 17. Da
mesma forma, também as culturas ciganas mudam, se transformam, se
atualizam, mas nem por isso deixam de ser culturas ciganas. Serão
apenas culturas ciganas diferentes das culturas ciganas de
antigamente.

b) ninguém conhece todas as particularidades de sua cultura (e menos
ainda das culturas alheias). Em cada cultura encontramos universais,
alternativas e especialidades. - universais: os elementos culturais
comuns a todos os membros adultos normais da socie dade; -
especialidades: os elementos culturais compartilhados por membros de
certas categorias socialmente reconhecidas de indivíduos, mas não
compartilhados pela população total, p.ex. militares, religiosos,
políticos, juristas, operários, camponeses etc. Ou, no nosso caso,
índios, afro-brasileiros ou ciganos; - alternativas: padrões
culturais que podemos escolher numa determinada situação (p. ex. te
mos que nos vestir, mas o tipo, a cor da roupa é nossa escolha).
Quanto mais desenvol vida a cultura, maior o número de alternativas.
Nas sociedades simples, o número de alterna tivas é limitado. Não é
mais o caso nas sociedades ciganas.

Ou seja: nenhum cigano e nenhuma cigana conhece toda a sua cultura, e
menos ainda a cultura dos outros grupos e sub-grupos ciganos. O que
então fazer para conhecer melhor a sua própria cultura cigana e as
culturas de outros grupos ciganos? Simples: contrate alguns
especialistas em estudar outras culturas, e estes especialistas se
chamam "antropólogos", que receberam (ou deveriam ter recebido, mas
no Brasil quase nunca recebem) um treinamento especial, no qual
aprenderam métodos e técnicas de pesquisa que lhes habilitam executar
esta tarefa. Obviamente existem antropólogos que são bons
pesquisadores, e outros nem tanto. Nem todo antropólogo tem vocação
para a pesquisa de campo em sociedades com culturas diferentes,
inclusive em sociedades ciganas. E sabemos que vários não-
antropólogos – por exemplo: jornalistas e literatos – mostraram uma
excecelente capacidade de pesquisar ciganos.

Nas ofertas de emprego quase sempre exige-se "experiência anterior de
2 anos" ou até mais. Portanto, recomendo aos ciganos e ao GT Culturas
Ciganas contratar somente antropólogos com comprovada experiência em
pesquisa de campo, não importa que seja entre índios, em quilombolas,
ou em favelas, ou que sejam peritos em pesquisar prostitutas, michês,
gays, lésbicas e simpatizantes. Conforme se vê, os antropólogos (e as
antropólogas) são plurivalentes! A experiência é comprovada pelas
publicações do antropólogo sobre o povo/ comunidade/ minoria étnica,
social ou sexual por ele ou por ela pesquisado. Se o antropólogo
nunca publicou coisa alguma, ou se nem sequer pode apresentar ensaios
inéditos, não o contrate.

c) devemos distinguir a cultura ideal da cultura real: ou seja, a
teoria/a ideologia, aquilo que se pensa, aquilo que se deve fazer, e
a prática, aquilo que na realidade se faz. Nem sempre (quase nunca)
se segue as regras, as normas ideais. Poderia agora citar inúmeros
exemplos PTistas, mas estes todo mundo já conhece. Portanto, permitam
apenas alguns exemplos ciganos.

- os ciganos afirmam que "os ciganos só casam entre si",
geralmente alegando que é para preservar a pureza da "raça". Mas na
realidade, principalmente entre os Rom, inúmeros ciganos são casados
com não-ciganas, e inúmeras ciganas são casadas com não-ciganos. Até
sua Alteza Mirian Stanescon é casada com um não cigano, com o qual
pariu quatro filhos/filhas que, pela tradição cigana ainda hoje
existente, são classificados(as) como bastardos(as) não ciganos(as),
já que o pai é um não-cigano. A descendência dos filhos ciganos se dá
pela linha paterna. Ou seja, só é cigano quem tiver um pai cigano. Ou
seja, após a morte da Mirian a suposta e fajuta dinastia real
Stanescon deixará de existir, porque nenhum filho ou nenhuma filha
lhe poderá suceder. Porque ela não pensou neste problema antes de
casar com um não-cigano?

- os ciganos afirmam que as ciganas casam cedo, por volta dos
15 anos, quando fazem, obrigatoriamente, o teste da virgindade, cujo
resultado é exibido em público. A sua Alteza Mirian Stanescon casou
aos 32 anos de idade, com um não-cigano. Confesso não saber se a
Mirian Stanescon, segundo a tradição cigana kalderash, também aceitou
submeter-se ao teste de virgindade, e qual o resultado. É possível
que se trate de um teste obrigatório apenas para as jovens súditas
ciganas plebéias, mas em hipótese alguma para velhas princesas da
realeza cigana. Também nunca saberemos porque sua Alteza Mirian
Stanescon, antes dos 32 anos, nunca encontrou um cigano que quisesse
ou pudesse casar com ela, até ela finalmente encontrar um não-cigano.
Tenho algumas teorias sobre este fato, mas prefiro não falar disto
hoje, porque ela já sofreu e ainda vai sofrer demais. O pior ainda
virá daqui a pouco.

- por causa deste "teste de virgindade", os ciganos afirmam
que não existe prostituição de crianças, adolescentes e mulheres
ciganas, nem existem cafetinas ciganas. Mas já foi comprovado que em
Sousa, Paraíba, esta prostituição existe, e deve existir em não sei
quantos outros ranchos ciganos, do Norte ao Sul, e também deve
existir, e como deve existir, inclusive entre os Kalderash no Rio de
Janeiro, onde também devem existir cafetinas que prostituem crianças
e adolescentes ciganas. A Mirian Stanescon deve entender muito deste
assunto já que nega sistematicamente a existência de cafetinas
ciganas que prostituem crianças, adolescentes e mulheres ciganas.
Será que também a Mirian ..... não isto é algo impossível!

- os ciganos afirmam que "os ciganos podem até roubar os não-
ciganos, mas nunca um cigano rouba outro cigano". Mas numa reportagem
de conhecido jornal carioca, a jornalista Claudia Mattos, em 3 de
janeiro de 1996, divulgou a seguinte notícia: "Segundo Jarco
Stanescon, primo em segundo grau de Miriam, ela teria participado de
um assalto à casa de seus pais em 1979, quando foram roubados US$ 8,5
milhões em ouro, e de ter sequestrado um filho seu por seis dias".

- Obviamente, Mirian Stanescon negou tudo, alegando que não
foi apresentada queixa na delegacia. O que é evidente, porque o Jarco
Stanescon tinha um filho sequestrado pela quadrilha da Mirian, não
sei com quais ameaças se o pai apresentasse queixa. E além disto na
Delegacia a família do Jarco Stanescon teria que explicar a origem
deste ouro, e porque nunca foi declarado na relação de bens do
imposto de renda, conforme sua Alteza Mirian, talvez já então
estudante ou até já formada em direito, bem sabia e deve ter
explicado ao querido primo. Portanto, era melhor ele calar a boca.
Até prova em contrário, sua Alteza e Princesa Mirian Stanescon desde
1979 é, ou era, membro de uma quadrilha de assaltantes e
sequestradores que aqui, provisoriamente, chamarei o 1º CCC – o
Primeiro Comando Cigano da Capital. Mas, a verdade deve ser dita,
parece que só assaltavam e sequestravam outros membros da própria
família Stanescon ou outros kalderash. Ainda bem. Segundo informação
de um cigano rom muito amigo meu, e também já bastante careco de
saber de tudo isto, existe hoje também o 2º CCC – o Segundo Comando
Cigano da Capital - , mas este em São Paulo, especializado em
assaltar outros ciganos. Obviamente, os membros são ciganos
kalderash – sempre kalderash.

Não pretendo citar outros exemplos ciganos e de sua cultura ideal e
real. Mas no mundo cigano a cultura ideal nem sempre, quase nunca, é
a cultura real. Como também não é no mundo não-cigano.

Para terminar: francamente, falando como não-cigano, não vejo nenhuma
necessidade ou utilidade de ter uma "princesa kalderash" chamada
Mirian Stanescon como membro efetivo deste GT Culturas Ciganas,
acusada, pelos próprios ciganos e por sua própria família, de ser, ou
de ter sido, assaltante e sequestradora, como todos os ciganos do Rio
de Janeiro sabem. E no Rio de Janeiro nem sequer é mais considerada
cigana pelos próprios ciganos. Mas esta é uma questão que os próprios
ciganos terão que resolver. Sem a interferência, e sem os votos, dos
membros da SEPPIR ou do Ministério da Cultura, ou de outros não-
ciganos, como eu. Sua Alteza Mirian Stanescon já propôs excluir os
Calon. Que tal os Calon aqui presentes agora proporem e exigirem a
exclusão deste GT, para sempre, da fajuta princesa e futura rainha
Mirian Stanescon, que tanto odeia os Calon, a ponto de os declarar
não-ciganos? Certamente os Calon, que são ciganos decentes, pacíficos
e não etno-egocêntricos, não vão fazê-lo, porque isto não faz parte
da cultura deles.

Por isso, como não estou acostumado a conviver em GT´s com membros de
quadrilhas criminosas kalderash, anuncio agora, oficialmente, meu
desligamento definitivo deste GT Culturas Ciganas. Ao Secretário
Sérgio Mamberti e aos outros membros do Ministério da Cultura, como
também aos membros da SEPPIR, agradeço a confiança que, por motivos
que ignoro, depositaram em mim. Espero que este GT tenha muito êxito
no futuro. Aos amigos e às amigas Calon aqui presentes, que só
conheci em 2006, e ao há mais de dez anos meu grande amigo
matchuwaia Claudio Iovanovitch, um último grande abraço.

3. CIGANOLOGIA OU ROMOLOGIA?



Ainda na Introdução do meu livro escrevo: "De todos os ciganos, os
Rom são os mais estudados e descritos. Isto porque estes ciganos, e
entre eles principalmente os Kalderash – inclusive no Brasil - ,
costumam considerar-se a si próprios "ciganos autênticos", "ciganos
nobres", e classificar os outros apenas como "ciganos espúrios", de
segunda ou terceira categoria. Como antropólogos e linguistas tendem
a estudar de preferência povos "autênticos", que ainda conservam sua
cultura e língua tradicional, a quase totalidade dos estudos ciganos
trata de ciganos Rom e praticamente nada se sabe dos outros grupos.
(...)

"Este "rom-centrismo", dos próprios ciganos e dos ciganólogos, faz
Acton falar até de "romólogos" que, em lugar de analisarem as
diferenças culturais entre os grupos ciganos, apresentam um modelo
ideal como se os ciganos formassem uma totalidade homogênea. Segundo
este sociólogo, "A grande falha da literatura sobre ciganos, oficial
e acadêmica, é a supergeneralização; observadores têm sido levados a
acreditar que práticas de grupos particulares são universais, com a
concomitante sugestão que [os membros de] qualquer grupo que não têm
estas práticas não são "verdadeiros ciganos".

"Ou seja, a cultura rom passa a ser considerada a "autêntica" cultura
cigana, a cultura "modelo". E quem não falar a língua como eles, quem
não tiver os mesmos costumes e valores ..... bem, estes só podem ser
ciganos de segunda ou terceira categoria ....... Entende-se assim
porque a quase totalidade dos livros de ciganólogos que tratam
genericamente da suposta "Cultura Cigana", na realidade descrevem
apenas ou quase exclusivamente a cultura dos ciganos Kalderash que
durante séculos viveram nos Balcãs – na atual Romênia na qualidade de
escravos, libertos somente na segunda metade do Século XIX – onde
desenvolveram uma cultura fortemente influenciada pelas diversas
culturas nacionais, em especial a romena".

A pomana (rituais fúnebres), a kris (espécie de tribunal de justiça
local) e o conceito de marimhé (sobre pureza/impureza das mulheres),
por exemplo, são comprovadamente de origem da zona rural romena.

"Nas palavras de Acton: "[Os ciganos] são um povo extremamente
desunido e mal-definido, possuindo uma continuidade, em vez de uma
comunidade, de cultura. Indivíduos que compartilham a ascendência e a
reputação de "cigano" podem ter quase nada em comum no seu modo de
viver, na cultura visível ou na língua. Os ciganos provavelmente
nunca foram um povo unido".

Por este, e vários outros motivos, que não analisarei agora, pouca
coisa se sabe sobre as culturas ciganas, inclusive no Brasil. E
principalmente por causa dos próprios ciganos, muitos dos quais se
recusam a dar informações sobre a sua cultura. A cigana brasileira
Jordana Aristicht, p.ex., declara: "É inadmissível que um não-cigano
venha a conhecer mais as nossas tradições, hábitos e costumes do que
nós mesmos". Ou então acham que os antropólogos e ciganólogos não-
ciganos são incapazes de estudar e entender a sua cultura, são uns
alienados ignorantes que só dizem inverdades quando não mentiras
propositais, como tem várias vezes aqui dito a Mirian Stanescon que
se considera a única e verdadeira conhecedora da cultura cigana no
Brasil, porque a cultura Stanescon, obviamente, deve ou deveria ser a
cultura de todos os ciganos no Brasil.

Acontece apenas que a Mirian Stanescon é o que os ingleses, numa
palavra bem curta e intraduzivel, chamam de uma "un-rom". E durante
toda sua vida a Mirian se comportou como uma "un-rom". Acredito que
daqui a pouco quando falarei da cultura ideal e da cultura real, da
cultura teórica e da cultura prática, este "un-rom" ficará mais
claro. Significa, mais ou menos, que alguém de fato é e se diz
cigano, mas não age como cigano e até contraria quase todos os
valores culturais ciganos. Como, comprovadamente, a princesa e futura
rainha cigana Mirian Stanescon tem feito durante toda sua vida, e
provavelmente ainda faz. Até o fato de auto-denominar-se "princesa
cigana kalderash" é "un-rom". E é por causa disto que, conforme
informações que recebi de vários ciganos, a quase totalidade dos
ciganos do Rio de Janeiro não a considera mais uma cigana. De "um-
rom" virou "não-rom".

Pergunto então: se a etno-egocêntrica e ego-idólatra Mirian Stanescon
não é nem mais considerada cigana pelos próprios ciganos kalderash (a
não ser pelos membros de sua própria família nuclear ou extensa), o
que justifica ainda a sua presença aqui, neste GT Culturas Ciganas?

Para ela, o que os outros – inclusive ciganos, mas principalmente não-
ciganos como eu - escrevem ou dizem, é apenas lixo, mentira,
inverdade, fantasia, invenção. Para ela os ciganos, imaginem só, são
originários do Egito; para ela os ciganos brasileiros nunca foram
traficantes de escravos; para ela é impossível no Brasil existirem
prostitutas ciganas ou cafetinas ciganas que prostituem crianças e
adolescentes ciganas. Inclusive deve ser mentira tudo que já
escreveram muitos ciganos dos Estados Unidos (como o professor
universitário Ian Hancock e outros) ou da Europa (o deputado cigano
Juan de Dios Ramirez-Herédia, o antropólogo cigano Antônio Torres e
outros), ou aqui no Brasil, a bela ex-modelo Jordana Aristicth, a
primeira cigana brasileira a escrever um livro sobre seu povo, em
1995 [Ciganos: a verdade sobre nossas tradições], ou ciganos como o
já falecido médico Oswaldo Macêdo [Ciganos: natureza e cultura], o
kalderash mineiro Hugo Caldeira [A bíblia e os ciganos], Sally
Esmeralda Liechocki [Ciganos: a realidade]. A Mirian Stanescon
certamente tentará reduzir a pó a ciganidade ou a credibilidade dos
ciganos brasileiros citados, mas nunca saberá reduzir à pó a
ciganidade de famosos escritores, professores ou deputados ciganos
europeus ou americanos.